10/07/2013 - O mercado para o profissional sem graduação
Autor: Nathaly Bispo
O mundo empresarial está vivendo uma fase única, caracterizada pela conscientização por parte dos empresários e executivos que perceberam que a principal fonte de geração de riqueza para as empresas é seu capital intelectual, ou seja, as pessoas que fazem parte da companhia. Como já disse Peter Drucker – considerado o pai da administração moderna-, no passado, as fontes de vantagem competitiva eram o trabalho e os recursos naturais, agora e no próximo século, a chave para construir a riqueza das nações é o conhecimento.
Apesar de ainda necessitarmos evoluir muito na aproximação entre o mundo acadêmico e o corporativo, as instituições de ensino em nosso país têm tomado consciência disso, e vêm buscando elos práticos entre o que é apresentado em sala de aula e o que se é aplicado no mercado de trabalho.
“Assim, profissionais que realmente queiram se preparar para o cenário atual e também para o futuro, precisam considerar como extremamente importante a busca pelo conhecimento, e esta busca se inicia nos bancos da faculdade”, observa o diretor e executive coach da WN Coaching, Adam W. Nöckel.
Há poucas décadas, ter um curso superior era um grande diferencial competitivo e tornava o candidato muito atraente para os contratantes. Era uma época em que poucos tinham acesso a uma graduação, e menos pessoas ainda chegavam a uma pós graduação.
Hoje em dia, com o mercado altamente competitivo e a necessidade cada vez maior de se capacitar, além da ampliação do número de universidades, tornando o ensino superior cada vez mais acessível para mais pessoas, o que antes era um diferencial competitivo tornou-se praticamente um perfil padrão. A graduação hoje é tida como obrigatória para muitos cargos, principalmente os técnicos e os de liderança.
Experiência ou graduação?
Para profissionais que já estão no mercado de trabalho e ainda não possuem formação acadêmica, ou seja, já possuem experiência prática, a formação acadêmica deve vir para agregar mais conhecimento, atualizando e preparando-o para novos desafios na carreira.
Ou seja, são dois pontos fundamentais no momento de uma contratação, o profissional deve avaliar em que estágio ele se encontra e desta forma buscar caminhos para se adequar as exigências do mercado.
“As empresas buscam soluções através de pessoas, ou seja, profissionais que façam a diferença e incrementem o sistema de receita da empresa, reduzam custos operacionais ou melhores os processos internos. A formação é importante, contudo, o grande diferencial é o saber fazer e a capacidade de construir resultados consistentes e duradouros, a experiência é um diferencial”, explica o Consultor Anderson Tonnera.
Ainda não sou graduado, e agora?
Como já dito, ter cursado uma faculdade é apenas um item dentre vários outros. A história nos dá vários exemplos de pessoas que não concluíram seus cursos e que nem por isso deixaram de ser grandes profissionais, impactando não só a si mesmos e suas famílias, mas toda a humanidade.
Os consultores Adam e Anderson separaram algumas dicas que ajudam a aprimorar a carreira de quem ainda é inseguro em relação à formação acadêmica:
• Defina o motivo pelo qual é importante para você se desenvolver profissionalmente, o que você ganha e o que você perde se não fizer isso;
• Avalie sua situação atual;
• Determine o que você deseja para seu futuro, crie uma meta, objetivo para o futuro da sua carreira;
• Identifique a sua área de formação profissional e veja se o que você desenvolver primeiro irá propiciar o maior resultado em curto prazo;
• Estude quais são as opções possíveis para alcançar esta meta profissional;
• Busque conhecimento em diversas fontes como cursos presenciais intensivos, palestras, workshops, etc;
• Crie um diferencial, procure fazer algo de maneira única;
• Não queira “abraçar o mundo”, busque ser especialista e não generalista;
• Compense sua possível falta de “técnica” com vontade e determinação.
“A formação não é essencial. O mercado de trabalho é muito dinâmico e exige do profissional o saber fazer acima de qualquer coisa. Óbvio que a parte acadêmica sempre será de grande valia, pois garante respaldo ao profissional e uma técnica forte e sustentável. Contudo, o acesso a graduação tem crescido de forma acentuada no Brasil e em alguns casos opta-se por quantidade e não por qualidade. É importante contratar um profissional pelo resultado que ele vai propiciar a organização, bem como sua capacidade de trabalho em equipe e o nível de auto-desenvolvimento”, conclui Anderson.
Fonte: O mercado para o profissional sem graduação | Portal Carreira & Sucesso
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