Exclusivo
Eles abrem o jogo
MELHOR entrevistou 70 executivos sobre os principais aspectos positivos, negativos e perspectivas da área de RH. Saiba também o que é uma excelente gestão de pessoas na opinião desses profissionais.
O que caracteriza uma excelente gestão de pessoas? O que torna um profissional um ótimo gestor? Qual o maior erro que o RH pode cometer numa empresa e quais os aspectos positivos e negativos dessa função? Nesta edição especial, MELHOR ouviu 70 executivos entre profissionais de RH, presidentes e executivos de outras áreas e líderes de empresas que atuam no mercado voltado para a gestão de pessoas. Nas páginas seguintes, os responsáveis pela área de recursos humanos apresentam suas opiniões. Apesar de lidar com as inconstâncias intrínsecas ao ser humano e com as dificuldades em mensurar os resultados e impactos de suas ações - alguns dos aspectos negativos da profissão RH citados por eles -, ver o brilho nos olhos dos colaboradores, ter a sensação de fazer a diferença na carreira de outro profissional e a possibilidade de influenciar o futuro de uma organização são os aspectos que compensam estar nesse barco do RH, segundo os respondentes.
Para eles, ainda, uma excelente gestão é marcada pelo bom relacionamento entre as equipes, por um forte comprometimento e espírito de motivação entre cada pessoa, capazes de gerar um ambiente no qual seja possível sonhar e criar. Assim, cabe ao gestor estar atento às diferenças entre cada um dos funcionários e saber inspirar a missão, cultura e valores da empresa. E, também, saber ouvir o inaudível, a voz silenciosa que pode transformar um ambiente organizacional.
Márcia Costa, gerente de RH do McDonald's Maior erro do RH.Querer o poder. A área de Recursos Humanos tem o dever fundamental de buscar melhorias nas realções de trabalho como agente que influência as decisões do poder, mas de nenhuma forma poderá confundir-se com ele, sob pena de perder capacidade de observação da cultura e de atuação junto ao ser humano.Aspectos positivo e negativo.Um aspecto negativo, é que às vezes falamos coisas que ninguém entende. Precisamos melhorar! São vários os aspectos positivos: um deles é a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento do ser humano e, através disso, trazer resultados perenes para o mundo dos negócios.
Aspectos positivo e negativo.
O aspecto mais positivo em trabalhar nessa área é que os processos são diversificados e não há uma única solução para todos os problemas. O cativante é ver a expressão das pessoas quando suas expectativas são atingidas em uma negociação. E isso pode ocorrer simultaneamente dos dois lados. O importante é que as pessoas saiam satisfeitas, tanto o lado da empresa quanto o colaborador. Atualmente, podemos atuar em sinergia com os negócios, o que é muito prazeroso, pois possibilita ter uma visão geral da empresa, permite sair daquele conceito inicial de RH e participar, de fato, dos resultados da organização.
Flávia Pettine, gerente de RH da Open Communications Security
Aspectos positivo e negativo.
Lidar com pessoas é algo fascinante. Você sempre aprende algo novo e ajuda muitas vezes somente ouvindo. O aspecto negativo é desconhecer a si mesmo. Quando isso ocorre, você deixa de agir com neutralidade e passa a agir com a sua emoção, correndo o risco de misturar papéis, avaliar a situação pelo seu crivo de valores. Enfim, deixa de ser um facilitador e passa a ser mais um colaborador da organização.
Excelente gestão de pessoas.
Relacionamento com o grupo. É como numa tribo indígena ou mesmo numa peça de teatro: o cacique ou o diretor dita as normas e distribui papéis, tem o respeito e a admiração do grupo, pois jogam junto, compartilham os problemas, acatam as sugestões, transmitem conhecimento. Gerir pessoas é uma arte de estar bem consigo e transmitir o bem estar.
Assessor de RH do Hospital Samaritano
Excelente gestor
Ter habilidade em ouvir e perceber as deficiências e carências individuais e coletivas frente às necessidades requeridas pelas competências do negócio.
Saber criar, planejar e implementar de forma positiva e energizadora. Saber servir, entendendo que o RH é uma área prestadora de serviços no conceito mais profundo.
Carlos Lienstadt, gestor corporativo pessoas da Embraco Excelente gestor.O gestor de pessoas é aquele profissional que cativa sua equipe na busca de resultados significativos por meio da inspiração, do entusiasmo, da liderança efetiva e da orientação quanto às necessidades de desenvolvimento de sua equipe. É aquela pessoa que se torna referência para sua própria equipe como alguém a ser seguido. Foco em resultados, energia, criatividade, empreendedorismo e resistência à pressão são características de todo grande líder. Mas há também que se ter características como coaching, trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, delegação, excelente e frequente feedback e postura ética.
Alberto Gerhardt, gerente de RH da Schering-Plough
Aspectos positivo e negativo.O lado positivo é ver o "brilho nos olhos" dos colaboradores, quando os projetos são implementados e trazem bons resultados para a organização e a felicidade para os colaboradores, gerando um clima de satisfação. O aspecto negativo é quando o profissional de RH não participa do processo decisório da organização, tornando-se um mero cumpridor de políticas e procedimentos definidos pelas outras áreas.Excelente gestão de pessoas.Focar as equipes para trabalhar numa mesma direção. Ter as pessoas envolvidas e comprometidas com os resultados, alinhando os processos ao planejamento estratégico da organização. Para que isso ocorra, é importante existir uma comunicação transparente, para que o gestor tenha credibilidade perante a equipe e, com isso, mobilize todas as áreas para atingir plenamente os objetivos organizacionais.
Cícero Penha, diretor de talentos humanos corporativo da Algar
Aspectos positivo e negativo.Positivo: o reconhecimento de ter feito a diferença na vida profissional das pessoas. Às vezes, pode ser uma simples mensagem de agradecimento por um aconselhamento que levou o profissional a melhorar seu relacionamento com colegas. Negativo: é um trabalho estressante porque concilia variáveis humanas com de negócios e nem sempre há o reconhecimento de que sua profissão contribui para estratégia da empresa.Excelente gestão de pessoas.Um ambiente de trabalho onde as pessoas sintam que é um lugar excelente para se trabalhar, com espaço para sonhar, criar e participar. Onde ninguém precise se preocupar em cumprir jornada de trabalho, mas sim com objetivos e resultados. Onde o lucro tenha uma parte compartilhada com os talentos da empresa. Para conseguir isso é necessário ter a coragem de esquecer um pouco a legislação trabalhista, que é retrógrada e castrante, desafiar a alta administração para substituir o poder pela responsabilidade, implementar políticas e programas que valorizem as pessoas e investir maciçamente em educação corporativa.
Aspectos positivo e negativo.Um aspecto positivo é poder influenciar diretamente o futuro da organização. RH e finanças participam preliminarmente de discussões sobre a visão de negócios de curto, médio e longo prazo bem como sobre o perfil de liderança necessário para que a estratégia aconteça. O negativo é a subjetividade: embora existam indicadores de performance em RH, ainda é muito difícil medir objetivamente a real eficácia das nossas ações. Conseguimos saber quantas horas de treinamento tivemos por empregado ou o quanto investimos, mas e quanto a real eficácia do treinamento nas atividades diárias dele? Esta ainda é uma área onde temos muito trabalho a ser feito.
Silvana Vilella Castellani, gerente de RH do Hospital do Coração Excelente gestão de pessoas.Para existir uma excelente gestão de pessoas é preciso, primeiramente, acompanhar os indicadores da área com o objetivo de detectar onde estão os pontos de melhoria (críticos ) ou os de oportunidade, comparados, inclusive, com o mercado como: resultados da instituição (uma empresa "saudável" normalmente tem resultados financeiros positivos);
a voz do cliente (reflete diretamente como está o nosso atendimento, nossos processos internos, nossas falhas ou nossos pontos de melhoria e também nossas oportunidades);
o clima da empresa (mostra o nível de motivação dos colaboradores e o impacto na instituição); ações que visam a redução do absenteísmo e turnover; e ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida e de desenvolvimento profissional.
Fernanda Ribeiro Abrantes, gerente de desenvolvimento e change management da Kimberly-Clark Brasil
Excelente gestor.É aquele que entende que seu papel é o de "servir" sua equipe e não simplesmente o de "mandar" nela. Pode parecer simples, mas se trata uma profunda mudança cultural.
Aurélio Di Pietro, diretor de RH da Avaya
Excelente gestor.É aquele que acredita que tudo que faz faz por meio das pessoas. Sabe se comunicar no sentido completo dessa palavra. E por fim, pratica diariamente "modalidades" como coaching, feedback, desenvolvimento de pessoas, reconhecimento. Tudo isso em um sério, porém alegre, clima de negócios.Maior erro do RH.Acreditar que está na empresa apenas para atender solicitações das demais áreas.
Carlos Relvas, diretor de RH para o México e América Central da Gillette
Excelente gestor.É aquele que assume a responsabilidade pelo desenvolvimento de seus colaboradores. Estabelece objetivos claros e usa o processo de avaliação de desempenho para maximizar a performance de sua equipe, capitalizando as competências mais fortes e trabalhando as áreas de oportunidade identificadas de cada um dos seus colaboradores. Além disso, ele posiciona o colaborador no que tange a futuros passos de carreira e a definir planos de treinamento para chegar lá. Ele também promove uma atmosfera de reconhecimento, celebrando as conquistas da equipe e dando crédito à mesma. Aspectos positivo e negativo.São diversos os aspectos positivos da função RH. O mais importante deles é poder liderar o processo de desenvolvimento organizacional pela identificação de talentos, planos de treinamento e de carreira. O negativo, sem dúvida, é trabalhar em processos de restruturação, fusões, fechamentos de fábrica que, em geral, implicam demissões. São processos que requerem muita disciplina emocional.
Nancy Bartos, diretora de RH da AON
Maior erro do RH.Não conhecer o negócio e a estratégia da empresa para alinhar a gestão de RH com as metas da empresa.(ficar somente no operacional). Contratar profissionais sem o perfil da empresa e não ouvir os funcionários.Excelente gestão de pessoas.Para mim uma excelente gestão de pessoas apresenta as seguintes características: transparência nas ações; ausência de politicagem e favoritismo; boa comunicação; gestores como verdadeiros RHs, acompanhando de perto sua equipe.
Nelson Savioli, superintendente da Fundação Roberto Marinho
Maior erro do RH.Não se alinhar com a visão, missão e valores da organização. Se ele não concorda com eles, deve esforçar-se para mudá-los. Se não consegue, deve "despedir" o empregador e buscar um aquário mais consentâneo com sua proposta profissional.
Excelente gestão de pessoas.
A excelência na gestão de pessoas é medida pela criação e manutenção de uma cultura organizacional que acompanha (ou se antecipa) às mudanças que a economia e o mercado impõem à empresa. Isso não significa que a organização precisa, necessariamente, estar no rol das melhores para se trabalhar, pois ela pode ser amada pelos seus empregados porque o turnover é baixo, todas as promoções foram com pessoal interno, o pacote de benefícios é magnânimo e as decisões são tomadas depois de muita consulta a todos os níveis hierárquicos.
Patrícia Liotti Fuzzo, gerente de RH do Panamericano
Excelente gestor.Para que se possa ser um gestor de pessoas é preciso saber ouvir o inaudível. É preciso entender o que está por trás das palavras. É preciso estar atento às reações de cada uma das pessoas da equipe e conseguir comunicar-se de forma aberta e contagiante, de modo a mobilizá-las para um objetivo comum. Mas é fundamental acreditar e se comprometer com os objetivos estabelecidos.
Maria Tereza Casagrande, gerente de RH das empresas Randon
Maior do RH. O maior erro é fazer a gestão de pessoas pelos seus gestores. O RH é educador. Gerir pessoas não é o papel do RH, é na verdade dos líderes da organização. Assim, o aspecto positivo da função é o desenvolvimento constante. O trabalho do RH é de educador e educação é um processo lento, para isso o profissional de RH precisa saber lidar com esta espera.
Maior erro do RH.
Esquecer os princípios básicos de administração, não enxergando que o lucro e o resultado das atividades são decorrentes do envolvimento das pessoas.
Aspectos positivo e negativo.
Como aspecto positivo, podemos citar a condução de processos na relação ganha-ganha, uma vez que nesses casos a satisfação tanto do empregado como da empresa é indiscutível. Como aspecto negativo, as situações em que o treinamento e desenvolvimento é visto como custo e não como investimento.
Roberto Torres, diretor de RH e TI da Cummins Latin America
Aspectos positivo e negativo.
Positivo: A profissão desenvolve a capacidade da empresa em atuar em ambientes de constante mudança, valorizando sempre o capital humano.
Negativo: Por ser uma profissão voltada às pessoas, faz com que a maioria dos profissionais de outras áreas sinta-se preparada para atuar como gestores de RH sem, necessariamente, possuírem as competências e habilidades para isso.
Lucília Marques Pires, gerente de desenvolvimento da Bridgestone Firestone do Brasil.
Maior erro do RH.Não ouvir as necessidades dos diferentes públicos, defender apenas a opinião da empresa e não levar em consideração as necessidades dos funcionários, ou vice versa. Fazer RH é manter o equilíbrio entre as necessidades de capital e trabalho, procurar ser justo na avaliação das solicitações e arbitrar de forma coerente os conflitos entre as várias instâncias: empresa x funcionário, empresa x sindicato, chefe x subordinado, funcionário x funcionário e muitas vezes funcionários x família.Aspectos positivo e negativo.Negativo: não ser considerado para promoções em outras áreas do negócio, pois às vezes somos vistos como profissionais que pouco realizam e filosofam por demais. Positivo: poder contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de outros e estar na elaboração do desenho do perfil organizacional.
Júnia Galvão, diretora administrativa/financeira e de RH da RM Sistemas
Excelente gestão de pessoas.
É a que busca um equilíbrio entre as necessidades da empresa (foco do negócio e resultado) e as necessidades das pessoas (motivação, reconhecimento, satisfação pessoal e profissional).
Walter Sigolo, superintendente de RH da Sabesp
Maior erro do RH.
Fica difícil apontar um erro específico, pois a própria evolução do RH tem sido revisada continuamente e tem ampliado cada vez mais a sua atuação em função das inúmeras e contínuas mudanças pelas quais as organizações têm vivenciado. Em algumas empresas, o RH apenas cumpre as funções de contratar, remunerar e demitir, tendo como foco apenas os aspectos dos resultados financeiros. É necessário, portanto, que o RH sensibilize os gestores de negócios para que a sua função transforme-se em um instrumento indispensável para obtenção de resultados e a efetiva realização das estratégias de negócios. Outro aspecto relevante é a necessidade de o RH atuar como um agente de mudanças. Ás vezes a própria área de RH é vista pelas empresas como uma área que resiste às mudanças, que ocorrem de forma cada vez mais intensas no meio empresarial.
Aspectos positivo e negativo.
Positivo: contribuir para que as pessoas se desenvolvam e se realizem do ponto de vista profissional e pessoal.
Negativo: não destacaria um aspecto negativo, mas uma das principais dificuldades que é implementar e transformar as teorias em práticas organizacionais. Principalmente pelo fato de lidarmos com o capital humano, que é tão complexo e com tanta diversidade.
Ana Maria Melo da Silva, gerente de RH da Odontoprev Maior erro do RH.Não lutar pelo reconhecimento do colaborador, afinal, qualquer trabalho, em qualquer lugar do mundo, só tem sucesso se o contato humano for valorizado.Aspectos positivo e negativo.Positivo: conseguir equilibrar as necessidades da empresa com as necessidades e expectativas dos colaboradores. O aspecto negativo é quando ele mesmo não consegue distinguir a faixa que separa essas duas necessidades.
José Álvaro Sardinha, diretor de RH da Cofipe
Aspectos positivo e negativo. Positivo: a busca incessante da melhoria do capital humano. Negativo: a subjetividade, muitas vezes, não ajuda em nada.
Luiz Edmundo Rosa, diretor corporativo people do Grupo Accor
Maior erro do RH.
Não se posicionar adequadamente no contexto empresarial. Essa limitação pode derivar do não entendimento do negócio, da visão de longo prazo, da cultura empresarial, das estratégias e do seu próprio papel diante disto. RH não deveria ser um clone da área financeira e se preocupar só com custos, e tão pouco ser uma área assistencialista, descomprometida com resultados. A contribuição de RH dever ser única: tudo que for bem feito com as pessoas poderá se transformar no lucro do amanhã . RH trabalha com intangíveis e nem tudo é facilmente mensurado e percebido. Cabe a RH o desafio de comunicar adequadamente para que este valor seja reconhecido.
Excelente gestão de pessoas.
É aquela que se apóia numa visão estratégica de longo prazo, norteia a sua ação por valores, estabelece prioridades claras, define indicadores balanceados para acompanhar e avaliar seus resultados. Assim, delega responsabilidades de forma planejada, acompanha e comunica os avanços obtidos, mobiliza seus colaboradores para continuas melhorias de performance, permite o erro e estimula o aprendizado e avalia, reconhece e recompensa de forma justa, transparente e equânime. E ainda, quando necessário, não reluta em concluir um relacionamento sem perspectivas de evolução.
Ana Maria Paulo dos Santos Costa, diretora de RH da Rede Blue Tree Hotels Excelente gestor.É o que consegue formar, comprometer e reter uma equipe talentosa, cujos resultados são inovadores, rápidos e eficazes. Hoje, não é suficiente ser apenas competente, é importante ser ágil e inovador para alcançar o sucesso. Para isso o profissional tem de reunir algumas características:
- capacidade de inspirar o time, estimular a criatividade e "fazer diferente";
- transmitir segurança para que os colaboradores aprendam a lidar com suas próprias falhas e, com isso, criar um ambiente propício à ousadia e o "correr riscos";
- ser admiradopelos resultados obtidos e pelas atitudes diferenciadas. A equipe precisa admirar suas atitudes, seu conhecimento e sentir que aprende com o líder.
- estar próximo para interagir , o que significa conhecer cada uma das pessoas da equipe.
- saber delegar, ou seja, acompanhar o processo e adequar apenas a forma de acordo com a necessidade da equipe. Alguns líderes gabam-se por delegar, mas não fazem nenhum acompanhamento e nem definem a direção, isto é "delegação pelo abandono";
- ser humilde para admitir que errou e ter coragem para rever decisões já tomadas;
- cuidar do desenvolvimento humano da equipe, já que normalmente grande parte dos gestores preocupa-se somente com o desenvolvimento profissional.
Fernando Tadeu Peres, diretor executivo de RH do Itaú
Excelente gestão de pessoas O que caracteriza uma excelência na gestão de pessoas é ter habilidade de gerir equipes. São as pessoas que fazem a diferença nas organizações. Os gestores devem delegar com responsabilidade, ter disposição de dar e receber feedback, incentivar novas ações e ajudar na construção de um clima organizacional harmônico. RH deve ter a sua estratégia de atuação clara, contendo desde a administração dos conflitos internos até o perfeito entendimento do negócio, estimulando o auto-desenvolvimento nos colaboradores e tornando a remuneração uma ferramenta atrelada aos resultados desejados. Trazendo para organização o diferencial competitivo por meio da atração dos talentos, da qualificação das equipes, do planejamento de carreira, do equilíbrio da relação capital e trabalho, da qualidade dos produtos e serviços, praticando a gestão do conhecimento sem perder de vista o mercado que está inserido.
A gestão por quem não é RH
O recado é claro: não conhecer e não estar alinhados à estratégia da empresa é um dos principais deslizes que os profissionais de RH podem cometer numa organização, de acordo com os principais líderes e executivos de outras áreas ouvidos pela MELHOR.
No entanto, esses profissionais de além fronteiras do RH estão atentos para questões que afetam negativamente a função de recursos humanos, como lidar com uma legislação trabalhista burocrática e castrante e, também, a visão obtusa, em algumas empresas, de que a área de recursos humanos ainda não passa de um mero adereço chamado "departamento pessoal".
Para balancear essa visão, esses executivos ressaltam dois aspectos positivos da profissão RH que ajudam a fazer a diferença: a possibilidade de ser o "ouvido" da empresa, capaz de auscultar as demandas e sonhos dos chamados clientes internos e o próprio contato com pessoas, que enriquece qualquer atividade.
Hélio Magalhães, presidente da American Express.
Excelente gestor.
Costumo usar, na empresa, Nelson Mandela como uma dessas personalidades históricas que mais personifica os elementos de uma liderança. Primeiro, por sua visão clara e objetiva, e uma habilidade de comunicá-las que, além de engajar as pessoas ao seu movimento, extraía delas atitutes que nunca teriam imaginado. Outro fator importante é a clareza com que entendia o mundo externo, quais eram as forças competitivas, as necessidades de seus clientes - nesse caso, seus conterrâneos - e como satisfazê-las. Ele queria inspirá-los, para de fato, realizar uma grande mudança. Essa é a essência da liderança: ter uma visão clara e comunicá-la de forma que inspire o grupo a extarir o que há de melhor em cada um.
Impacto da gestão de pessoas nos resultados da empresa.
Uma empresa é analisada pelo seu todo, ou seja, pelo retorno que dá aos acionistas, aos seus clientes e aos funcionários. Um correto equilíbrio entre os dois primeiros demonstra também que a gestão de pessoas está sendo executada no nível esperado. Funcionários satisfeitos geram clientes satisfeitos, que retornam com resultados aos acionistas.
Marcos Ierizzo, presidente da Planus
Maior erro do RH.Tratar todos os funcionários de maneira igual, sem reconhecer as diferenças e necessidades de cada um no resultado do negócio (nivelar por baixo).Impacto da gestão de pessoas nos resultados da empresa.O grande diferencial de qualquer empresa está diretamente relacionado aos profissionais que fazem parte dela. Uma empresa com bons profissionais estará sempre a frente no mercado e de seus concorrentes. Uma boa gestão de pessoas é fundamental para o sucesso de qualquer negócio.
Eduardo Macito, diretor executivo de negócios da Hold
Maior erro do RH.
O RH nunca deve perder o foco no negócio da empresa e ser inflexível. Nesse contexto, não pode colocar-se numa posição autoritária, dizendo: "Sabemos o que é certo, sabemos lidar com pessoas e pronto!" Os maiores pecados do RH são a inflexibilidade e a falta de visão estratégica. Nesses casos, o departamento se apega muito ao lado humano e não olha o negócio da empresa. Outra grande falha é a rigidez de postura, que impede que o RH olhe as diferenças de cada departamento e abra exceções dentro dos procedimentos pré-determinados para o bem do negócio da empresa.
Paulo Antunes, diretor executivo da Alphagraphics
Aspectos positivo e negativo.
Positivo: estar em contato com pessoas
Negativo: lidar com as frustrações que muitas vezes são (todas) canalizadas para ele.
Impacto da gestão de pessoas nos resultados da empresa. Atuamos num setor em que a mecanização está presente nas áreas de produção e gestão, mas não no atendimento, ou seja, o público final é atendido por pessoas. Por essa razão, é absolutamente chave que elas estejam motivadas e dispostas a atender a necessidade do cliente. O impacto da gestão de pessoas no resultado da empresa é medido pela satisfação dos clientes finais, simplesmente assim. Se eles não estão satisfeitos, erramos em algum lugar em gerir nossa equipe.
Maurício Garcia, vice-reitor da Universidade Anhembi Morumbi
Excelente gestão de pessoas.Lidar com pessoas é o principal desafio dos gestores. A melhor abordagem é procurar conhecer as habilidades e competências de cada um para que lhe sejam oferecidas oportunidades, não obrigações. Formar e estimular as lideranças também é fundamental. Nenhuma estratégia empresarial consegue ter sucesso sem equipes coesas e motivadas.
Eduardo Vecchi, gerente comercial da XPlan Tecnologia
Maior erro do RH.
É fechar os olhos para as áreas operacionais da organização. Quando o RH não se envolve com a operação da empresa, torna-se irrelevante para o negócio, pois não entenderá as necessidades de seus funcionários.
Influência no desempenho da área.
O RH influencia minha área ao me ajudar a resolver conflitos internos e problemas de comunicação, por meio do conhecimento, da vivência e da compreensão das competências humanas voltadas para a organização, bem como no auxílio a encontrar o profissional com o perfil mais adequado para as necessidades da empresa.
Oscar Porto, diretor comercial da Novo Nordisk
Aspectos positivo e negativo.
Um aspecto positivo é o rico relacionamento interpessoal que se desenvolve com todos os membros da organização. Um aspecto negativo ainda é o nível de burocratização que esse profissional gerencia devido às leis e regulamentações trabalhistas no Brasil.
Influência no desempenho da área.
A influência é total. O desempenho de uma empresa é também o fruto do alto desempenho das pessoas, que devem ser bem recrutadas e contratadas, estar motivadas com os salários e benefícios oferecidos, verem a possibilidade de uma carreira na organização e estarem bem treinadas para desempenhar suas funções. Assim, o sucesso de uma organização está totalmente relacionada com a boa gestão dos recursos humanos.
Alice Coutinho, diretora comercial da New Style Excelente gestão de pessoas.O desafio da gestão está muito mais associado a questões de atitudes do que a de técnicas. Isso significa que o processo de conseguir resultado por meio das pessoas está diretamente ligado à criação de condições que possam gerar clima saudável e mudanças de atitudes. Os gestores precisam desenvolver sua equipe para alcançar excelência nos resultados. Na competitividade global de hoje, o que conta são as competências empresarias e humanas, que devem caminhar juntas. Em qualquer tipo de negócio, empresas competentes possuem pessoas competentes e em todas as funções. Ajustar os objetivos com as metas da organização e da equipe é o grande diferencial da gestão de pessoas.
Roberto Atayde, diretor de marketing da Convergys para a América Latina
Aspectos positivo e negativo.
Positivo: a possibilidade de ser o "ouvido" da empresa e utilizar o conhecimento para ajudar a definir estratégias e atuar efetivamente para sua execução, agregando ao resultado da empresa e à satisfação dos funcionários.
Negativo: quando o RH é considerado apenas um departamento pessoal, omisso em relação às estratégias e apenas operacional.
Influência no desempenho da área.
O RH contribui dando suporte ao desenvolvimento de cada talento existente na equipe, sugerindo treinamentos e ferramentas que possam agregar valor para a empresa e, sobretudo, para o próprio indivíduo; estabelecendo planos para retenção de talentos; criando um ambiente sinérgico, alinhado e comprometido em prol dos objetivos da empresa e de cada funcionário.
Marcelo Carvalho, gerente de marketing da Sigvaris Aspectos positivo e negativo.Positivo: é a única área que tem chances de realizar ações sociais na empresa, criando oportunidades de crescimento pessoal, integração social e desenvolvimento da cidadania.
Negativo: lida com frustrações pessoais e decisões e ações difíceis sobre downsizing.Influência no desempenho da área.Influencia na medida em que as políticas definidas são claras e justas. Quanto mais apadrinhamentos possíveis maiores serão os problemas enfrentados pelos gerentes de casa área.
Consultor e palestrante.
Maior erro do RH.
Não valorizar devidamente a própria unidade de RH, permitindo que as pessoas sejam subjugadas e tratadas apenas como mais um recurso. Uma empresa é formada por pessoas. Se elas estão bem, devidamente motivadas, são respeitadas, valorizadas e treinadas, a empresa vai bem, caso contrário, não.
Aspectos positivo e negativo.
Positivo: mais e mais os profissionais têm a oportunidade de se preparar, fazendo parte da alta cúpula gestora das organizações, em função dos cursos de formação e pós-graduação.
Negativo: ainda há, nos segmentos de RH, um resíduo da mentalidade conservadora na qual há pouca ousadia em processar mudanças substanciais na valorização do ser humano, quer seja em treinamento e remuneração.
Almiro dos Reis Neto, presidente da Franquality
Excelente gestor.O excelente gestor precisa ter habilidade técnica, para saber recrutar, integrar, motivar, avaliar, e isso é um círculo virtuoso. Também é preciso ser bem preparado em termos comportamentais. Ter atitude, ser um líder que inspire as pessoas, que motive o funcionário a ter elevado padrão de qualidade no que faz.Maior erro do RH.Não saber defender as pessoas, tornar-se um burocrata e só pensar em resultados. O gestor de recursos humanos deve saber gerenciar as peculiaridades da vida e ter vocação para trabalhar com pessoas.Aspectos positivo e negativo.O aspecto mais positivo, talvez, seja o de lidar com o ser humano, em sua constante mutação. A profissão ainda não ser valorizada como deveria é o lado negativo.
José Tolovi Jr., presidente do Great Place to Work Institute Brasil
Excelente gestor.É o que sabe entender que pessoas são indivíduos e que têm características, necessidades e momentos diferentes. Ele também acredita que resultados se obtém com pessoas.Maior erro do RH.Acreditar que pode gerir pessoas independentemente dos gestores. Ou seja, assumir o papel dos gestores.
Aspectos positivo e negativo.
Positivo: lidar com pessoas (para quem gosta, obviamente) é altamente gratificante. Negativo: pessoas são muito difíceis.
Elaine Saad, diretora da RightSaadFellipelli
Aspectos positivo e negativo.
Positivo: a possibilidade de trazer para a empresa conteúdos de respeito ao indivíduo e capacidade de liderar pessoas. Negativo: conseguir equilibrar tudo isso sem perder de vista as metas da organização.
Excelente gestão de pessoas.
É a que permite ter liderados que elegeram efetivamente o líder como líder e que se dedicam com energia, entusiasmo, motivação à tarefa que têm de realizar, mesmo em momentos difíceis, de crise, sem vislumbrar bônus ou gratificações de curto prazo.
César Souza, consultor e diretor da Creative Works
Excelente gestor.A capacidade do profissional de obter resultados incomuns de pessoas comuns. E a de sempre obter o melhor das pessoas. Quando alguém produz algo superior ao que acreditava que era capaz, fica feliz e supermotivado. E quando um gestor de pessoas cria as condições para que isso ocorra, esse gestor de pessoas é excelente. O verdadeiro líder não é mais aquele que cria seguidores, mas aquele capaz de criar condições para que a liderança dos outros floresça.Aspectos positivo e negativo.Positivo: a preocupação em valorizar o patrimônio humano. Negativo: a percepção que patrimônio humano é sinônimo do quadro de funcionários de uma empresa. É muito mais: está também na relação com clientes, fornecedores, comunidades e parceiros
Carlo Hauschild, general manager da Hewitt Associates
Aspectos positivo e negativo. Positivo: acompanhar o desenvolvimento e crescimento das pessoas dentro da organização. Negativo: ainda existe um certo preconceito quanto ao profissional de RH. A maioria das empresas não olha para o RH como fonte de talentos para a liderança máxima, o que limita as carreiras desses profissionais. Essa realidade está mudando, mas continua presente no mercado. Excelente gestão de pessoas.A principal característica de uma excelente gestão de pessoas é que ela não está baseada unicamente em programas de RH, mas também em uma cultura organizacional que acredita que esse é um importante diferencial no mercado em que atua. A gestão, para ser eficaz, precisa emanar da liderança da organização, do seu RH, mas também de todas as pessoas que fazem parte da equipe. Diálogo aberto e franco entre todos os membros da empresa é a base para uma excelente gestão de pessoas.
Augusto César da Costa, diretor geral da Manpower no Brasil
Maior erro do RH.O mais grave é a comunicação. A falha na comunicação desmotiva a equipe como um todo. Por outro lado, quando bem aplicada, ela é o principal fator de satisfação dentro das empresas. E tem mais: é a ação de motivação de menor custo que existe.
Aspectos positivo e negativo.
O aspecto mais positivo é poder trabalhar com o maior ativo da empresa: seus funcionários. É gratificante saber que, pelo trabalho do gestor de RH, não apenas a empresa vai ser beneficiada: os funcionários também são os grandes beneficiados, não só no ambiente de trabalho como também no seu dia-a-dia, fora da empresa. O aspecto negativo é quando a alta direção da empresa não dá ao RH a devida importância.
Fábio Palmer, diretor-superintendente da Seres
Excelente gestor.O que caracteriza, primeiramente, um excelente gestor é que ele tenha o seu foco em conseguir o máximo de produtividade e eficácia de cada elemento de sua equipe, mas sempre voltado para o desenvolvimento do grupo. A liderança não deve ser apenas um talento, mas uma qualidade que é conquistada no respeito que a equipe dedica pelo seu conhecimento. Assim, o bom gestor é aquele que é a referência, sem ser essencial a marcha do trabalho; bom ouvinte da equipe que objetiva as suas opiniões. E ainda reconhecer que delegar responsabilidades significa saber que delegar é assumir jamais atribuir a quem delegou o efeito da cobrança que lhe é feita. Quando cobrado, a responsabilidade é sua, pois essa é a característica inerente ao gestor.
Ane Araújo, diretora da Marcondes Consultores Associados
Aspectos positivo e negativo.
Os aspectos positivo e negativo dizem respeito ao mesmo fator: poder. O lado positivo é poder influenciar a organização, e principalmente seus líderes, para uma maior valorização e desenvolvimento integral do ser humano. O lado negativo é que esse poder requer muita maturidade e coragem para exercê-lo adequadamente. Muitas vezes, em situações de crise ou de mudanças, o profissional de RH precisa ajudar os gerentes a tomar decisões sobre pessoas e nem sempre as conseqüências dessas decisões são agradáveis. Nesse momento, o profissional de RH precisa equilibrar seu compromisso com as pessoas e as condições reais da organização. Inclinando-se demais para as pessoas, ele pode tornar-se paternalista ou mesmo populista. Pendendo demais para a organização, pode ser visto como frio e distante da realidade humana da empresa. Esse é um equilíbrio delicado que demanda muita autoconsciência do profissional acerca de suas responsabilidades.
Aurélio Formoso Júnior, consultor da Dextron Management Consulting
Aspectos positivo e negativo.
O aspecto positivo é dar suporte ao desenvolvimento humano. O negativo é ter o seu trabalho desacreditado por causa, principalmente, do longo intervalo de tempo demandado para resultados tangíveis aparecerem, face às outras áreas da empresa, como a comercial, a de marketing, etc, onde os produtos são mais tangíveis e os intervalos de resposta geralmente mais curtos.Influência no desempenho da área.O RH, ao longo dos anos, vem sofrendo uma mudança crucial: está deixando a área de RH para residir, cada vez mais, nos gestores da empresa. Cada vez mais, nós, gestores, temos de nos preocupar com o conjunto de competências dos nossos subordinados para, assim, avaliar com eqüidade, desenvolver, escolher sucessores e selecionar novos talentos para a área. Portanto, hoje em dia, o RH vem desempenhando um papel mais consultivo, dando auxílio a nós, gestores.
Mercado futuro
A importância dada, nos últimos anos, ao fator humano extrapolou as fronteiras das empresas e ajudou a traçar novos rumos a um amplo mercado de produtos e serviços voltados para a área de RH.
Da tecnologia que trouxe ferramentas para o gerenciamento desde as tarefas mais simples - porém críticas - às de ordem estratégica até a gestão e o incremento de benefícios que podem fazer a diferença na atração e retenção de talentos, passando pela maior preocupação com a segurança e com o aperfeiçoamento de cada colaborador por meio de programas de treinamento e educação continuada, o mercado fornecedor cada vez mais se fortalece e alavanca o próprio desenvolvimento do RH em direção ao tão propalado nível estratégico. A seguir, executivos das principais empresas que atuam nesse segmento apresentam suas expectativas para os próximos
anos.
As empresas mais modernas dedicam-se, hoje, a gerenciar o que se convencionou chamar de competências, com rotinas de recrutamento e seleção, planos de remuneração, de desenvolvimento de pessoal, de motivação, de planejamento de carreiras, dentre outros, baseados em avaliações objetivas de desempenho, fugindo dos métodos antigos de reconhecimento e recompensa, que privilegiavam fatores subjetivos. Para executar todas estas funções, tornou-se necessário ter ferramental adequado, o que teve reflexos no mercado fornecedor. Acreditamos que haverá continuidade no aumento da importância da gestão de RH para o desenvolvimento das empresas, com ênfase no incremento da qualificação dos colaboradores e conseqüente descentralização, por auto-atendimento, das atividades de operação cotidiana. A área de RH deverá tornar-se uma geradora de políticas, perdendo características de executora. Essa visão nos permite ser otimistas, pois as ferramentas que fornecemos atuam exatamente no auxílio à execução e ao gerenciamento dos processos, o que nos amplia horizontes de crescimento na demanda. Por outro lado, não se pode negar que o movimento de concentração do mercado fornecedor deve acontecer também aqui. As empresas com maior poder de fogo devem engolir as de menor poder, reduzindo o número de participantes. E nem sempre as melhores tecnologias sobreviverão.
Carlos Dantas Magalhães, diretor executivo do Scholar Language Center
2004 foi o primeiro dos últimos cinco anos a apresentar uma evolução positiva em nosso mercado. Em períodos recessivos, os orçamentos em T&D se retraem, sendo muito importante a inovação, a qualidade dos serviços e o foco nas necessidades dos clientes para a manutenção de resultados positivos. O cenário esperado para os próximos anos no Brasil, de crescimento econômico com baixa inflação, deverá possibilitar o crescimento dos orçamentos das empresas para consultoria e treinamento em idiomas. Mas essa evolução não deverá ser sentida igualmente por todos os participantes do mercado, uma vez que os gestores de RH demandam, cada vez mais, de fornecedores capazes de os auxiliarem de forma qualificada, customizada e com um conjunto abrangente de serviços. Aqueles que atenderem a essas condições terão boas perspectivas de lucratividade com a melhora dos indicadores econômicos.
Armando Barbosa Jr., diretor da Odonto ANos últimos anos, observou-se uma mudança significativa na visão empresarial no que se refere à assistência odontológica empresarial. Há quatro anos, ela era apresentada como um benefício classificado em torno da 11ª posição. Hoje, o mesmo benefício está classificado nas primeiras posições. Esse avanço reflete o amadurecimento das empresas em relação à importância do benefício, como um fator motivacional capaz de elevar a auto-estima e a produtividade do colaborador. As perspectivas para o segmento de assistência odontológica empresarial são as melhores possíveis devido, também, ao fato de existir um contingente enorme de empregados que ainda não possuem esse benefício. Espera-se que uma grande parcela do 40 milhões de beneficiários dos planos médicos venha a ser assistida também pelos planos odontológicos,nos próximos anos. Comparando-se esse número (40 milhões) com os cerca de 4 milhões assistido por planos odontológicos, atualmente, observa-se que há uma excelente perspectiva futura.
Reinaldo Chaguri, diretor de RH da GRSA
O segmento de refeições coletivas vem crescendo e continuará nessa perspectiva nos próximos anos. Duas são as alavancas que podem sustentar esse crescimento. De um lado, naturalmente, os bons indícios que temos para um crescimento econômico sustentável de nosso país. De outro, uma tendência positiva no mercado, de terceirização de serviços, dentro das empresas. Nesse sentido, o fornecimento de alimentação aos empregados, além de ser visto como um beneficio de excelente retorno para as organizações, também é cada vez mais reconhecido como uma atividade de alta responsabilidade e especialização .
O setor de benefício cresce em função do mercado formal de trabalho. O Brasil, nos últimos anos, não vem apresentando grande dinamismo no crescimento da mão-de-obra formal, fazendo com que o setor em que o Grupo VR atua, principalmente no ramo de refeição convênio, tenha acompanhado o crescimento do PIB. Os próximos anos do setor parecem ser uma evolução do que estamos vivendo. A adequação do setor de RH frente às regras empresarias deste século levarão seus interlocutores a buscarem eficiência operacional e o melhor custo, mas ao mesmo tempo direcionamento do seu foco a favor do ser humano. Na prática, atividades operacionais serão terceirizadas por meio de prestação de serviços e interfaces tecnológicas oferecidas por empresas especializadas, abrindo espaço na agenda e nos orçamento para o investimento no desenvolvimento de pessoas. Parece fácil, mas o caminho a ser trilhado evidenciará a necessidade de entendimento das necessidades do indivíduo, sua interação com a empresa e a melhor combinação possível de custo-benefício. Empresas mais sofisticadas, muitas vezes as de melhor resultado econômico e humano, já iniciaram este caminho. Vejamos se a prática da economia digital permitirá que isso se repita em todas as camadas empresarias, fazendo com que tenhamos relações mais humanas dentro e fora de nossas empresas.
Carlos Basso, presidente da CR BassoCada vez mais os clientes querem resultados nas intervenções, quer nos projetos de consultoria, quer na contratação de programas de treinamento. Para as organizações, é cada vez maior a necessidade de contratar funcionários selecionados com base em competências que farão diferença da empresa em seu setor de atuação. Certamente, cada empresa terá de cuidar da manutenção e ampliação dessas competências que serão exigidas continuamente de todos os empregados. Nossa crença como provedores de solução em processos de aprendizagem é pela ampliação, nas empresas, da gestão dos recursos humanos com base em competências, o que pressupõe a implantação e implementação de programas de avaliação, feedback, planos de desenvolvimento para suprir e fortalecer os gaps profissionais identificados, perfeitamente alinhados à estratégia empresarial. As empresas buscarão nas consultorias especializadas a expertise necessária para esse desenvolvimento, ampliando assim, a demanda por serviços baseados em competências. As empresas de nosso segmento que não conhecerem o mercado de seu cliente, sua cadeia de valor e seus fatores críticos de sucesso, pouco poderão contribuir para identificar e fortalecer as competências fundamentais das pessoas e conseqüentemente de suas organizações.
Marco Ornelas, diretor da Ornelas & AssociadosO cenário e as tendências futuras são favoráveis e animadoras. É preciso destacar que competitividade é uma variável permanente. Se aceitarmos essa premissa como verdadeira, temos que as empresas precisam desenvolver novos desenhos organizacionais (fonte de vantagem competitiva) e, conseqüentemente, melhor o desempenho via novos estilos de gestão e maior envolvimento dos empregados. No Brasil, o cenário não é muito diferente. As perspectivas para os próximos anos são de crescimento na economia, aumento das exportações, aumento do capital estrangeiro e um posicionamento mais destacado da economia brasileira no cenário mundial.
Eduardo Pedroso, diretor comercial da Incentive House
Para este ano, nossas expectativas são as melhores. Esperamos crescer 30% em faturamento. Além disso, devemos investir R$ 3 milhões em novos produtos, serviços e sistemas de tecnologia. Para nós, é fundamental continuar investindo no desenvolvimento do segmento. É o nosso papel como pioneiros e líderes de mercado. As tendências confirmam que o mercado deverá expandir as verbas direcionadas ao segmento devido ao fato de as empresas acreditarem cada vez mais na comunicação integrada como ferramenta estratégica para alavancar resultados. Nesse contexto, o Marketing de Relacionamento e outras áreas do marketing devem continuar crescendo mais do que áreas como a propaganda convencional.
Célio Luiz Valcanaia , diretor executivo da Datasul RH
Nosso setor é a gestão de pessoas. Ganha muita importância com o aumento do setor de serviços propriamente dito, onde basicamente se trabalha em cima das pessoas. Além disso, o setor industrial precisa se aproximar do cliente final - o que requer trabalho em pessoas. Soma-se a isso a globalização e a competitividade e temos uma situação onde gerenciar as pessoas vira o diferencial do negócio. Acredito numa consolidação em fornecedores de softwares de pagadoria e um aumento por soluções de gestão de pessoas na busca de resultados.
Newton Neiva, presidente da Visa Vale
As perspectivas são muito boas. O crescimento da economia proporcionará um aumento do número de empregos formais, fator que incrementa a demanda por vales-benefício. Outro fator importante é a acessibilidade. Os vales-benefício alimentação e refeição passarão a contemplar também as micro e pequenas empresas, que são os maiores empregadores do país. A Visa Vale, que opera integralmente por meio de cartões eletrônicos, já avançou bastante no segmento de micro e pequenas empresas. Isso porque o custo de gestão e operação dos cartões é bem mais baixo em relação aos vouchers de papel, o que permite integrar os pequenos negócios ao sistema. Para se ter uma idéia, calculamos que o mercado de vales é de cerca de 23 milhões de usuários, mas somente 6 milhões são beneficiados atualmente. Então, o potencial de expansão é bem grande. Ricardo Donner, diretor da Nexo CS InformáticaO balanço que podemos fazer é que houve muitos avanços, mas ainda há muito o que se modificar na área de gestão de pessoas no que se refere a saúde e segurança do trabalho. As empresas começam a mudar aquela visão de apenas cumprir a lei; estão criando políticas voltadas para a prevenção e sua respectiva gestão. As perspectivas positivas dependem das mudanças que devem ser implantadas nos próximos anos no tratamento do seguro de acidentes do trabalho e da evolução ou não para um modelo misto, com a iniciativa privada e o governo participando em conjunto.
Mário Kaphan, diretor da Vagas Tecnologia
Os últimos cinco anos foram marcados pelo processo de quebra de paradigma, que começou com a mera substituição dos Correios pelo e-mail, novidade que, inicialmente, não representou nada mais do que ganho de agilidade na captação, pois, como regra, as áreas de R&S imprimiam os currículos recebidos, e os tratavam da forma tradicional. Aos poucos, no entanto, os currículos passaram a ser captados de forma estruturada - às vezes, com a intermediação de sites de carreira. As empresas começaram a conhecer as novas possibilidades - às vezes, com muita relutância - e depois a demandar o desenvolvimento de novos recursos, proporcionados pelo fato de se contar com informação estruturada e de se ter como suporte a Internet. Nos próximos anos, as empresas de nosso segmento terão de investir continuamente na evolução das soluções de apoio ao recrutamento e seleção de RH, em função da convergência tecnológica, que facilitará ainda mais a gestão colaborativa de processos e a participação dos candidatos. Elas terão também de preparar-se para atender à demanda por soluções tecnológicas de apoio R&S de RH, que deverá crescer substancialmente.
Jorge Cristian Gounaris, diretor de relacionamento da Brightlink
Acreditamos que o capital humano sempre será um diferencial competitivo para o sucesso das organizações. Um mercado infindável de possibilidades a ser explorado em um mundo em constante mutação. Para viabilizar essa realidade, atuamos na busca da capacitação por competências e análise e melhoria de performance dos colaboradores de nossos clientes por meio de prognósticos precisos e determinação de ações de intervenção, com atividades adaptadas à necessidade de cada cliente, evidenciando uma abordagem sistêmica para aliar metas do negócio, identificar gaps de desempenho e suas causas, indicar e implementar soluções, gerenciar mudanças e avaliar o sucesso dessas implementações. Nosso método de trabalho busca identificar a origem das causas que dificultam o desempenho e eliminá-las, abordando as questões organizacionais dentro de uma visão holística. Dessa forma, ressaltamos que empresas de sucesso contam com pessoas de talento como fator chave para alcançar resultados e manter uma posição de destaque junto ao seu mercado de atuação. Na busca constante da excelência empresarial, acreditamos que encontrar profissionais de talento, avaliar seu potencial, desenvolver suas competências e planejar sua retenção é o nosso negócio como consultoria em RH. Continuaremos a investir maciçamente e nos aprimorar periodicamente para que nosso diferencial alcançado continue a agregar valor percebido.
Gualter Nunes Maia, diretor executivo da RH MedNosso setor presta serviços na área de segurança e saúde do trabalhador que estão prescritos na legislação trabalhista, normatizada pelo Ministério do Trabalho. Nos últimos anos, o governo vem implementando políticas para a melhoria da segurança e saúde do trabalhador dentro das empresas, fato que aumenta a demanda em nosso setor. Nosso segmento mantém-se demandante pois o cenário econômico é de crescimento e as organizações vem aumentando os investimentos na área de saúde e segurança do trabalhador, principalmente nos programas voltados à prevenção de doenças e promoção da saúde de seus colaboradores.
Carlos Longo, diretor executivo da FGV Online
O setor de educação executiva vem crescendo muito nos últimos anos. Na era do conhecimento, empresas e executivos cada vez mais entendem a necessidade do desenvolvimento continuado de suas competências. Além do tradicional ensino presencial de sala de aula, o EAD transformou-se numa realidade para esse público e vem crescendo de forma exponencial ano após ano. Embora não exista nenhuma estatística oficial, algumas fontes de informação registraram esse crescimento. No mundo, os investimentos em educação a distância somaram US$ 6,6 bilhões no ano de 2003 e devem alcançar US$ 10 bilhões até 2007. No país, os investimentos, em 2003, chegaram a US$ 80 milhões, o que significa um crescimento de 33% em relação a 2002. Já foram identificadas 391 organizações que já utilizam o e-learning no Brasil. Acreditamos que essa tendência de crescimento continuará nos próximos anos, principalmente no ensino a distância. O Brasil tem um grande déficit educacional, enquanto Chile e Argentina têm aproximadamente 30% de sua população adulta com nível superior completo. No Brasil, esse índice está abaixo dos 10%. Em um país com as dimensões continentais, o ensino a distância deverá ser a mola fundamental para o crescimento da educação continuada.
Vera Lúcia Bejatto, diretora de negócios da Victory Saúde
Nossas perspectivas são as melhores possíveis. O mercado de planos de saúde está em alta, as pessoas estão pesquisando muito e para isso apresentamos as melhores ferramentas. Por meio de nossa tecnologia, é possível, com apenas um clique, o cliente ter todo o mercado, de forma comparativa em termos de preços praticados.
Evandro Mees dos Santos, gerente de produto - Vetorh da Sênior
A perspectiva é excelente. Embora os processos de compra de software estejam mais criteriosos e as negociações levem um tempo maior de análise para a tomada de decisão, quem possui bom produto e uma consultoria de implantação tecnicamente preparada, além de boas referências (clientes satisfeitos), continua vendendo e gerando serviços. Vale destacar que o mercado está em processo de substituição de soluções, já que de uma forma ou de outra as organizações já possuem algum sistema nas áreas de backoffice, industrial, etc. O planejamento da Senior prevê um crescimento de quase 40% para 2005 e estamos investindo em várias áreas para suportar esse crescimento: desenvolvendo uma nova geração de sistemas, totalmente voltados para Web, usando plataforma J2EE e possibilitando ao cliente reduzir substancialmente o custo com software pago; participando do PAEX (Parceiros para a Excelência) e do PDD (Programa de Desenvolvimento de Dirigentes) da Fundação Dom Cabral, que proporcionam um salto na forma de gerir o negócio, de abordar o mercado, de posicionar os produtos e de evoluir as capacidades individuais do corpo diretivo e gerencial da empresa; investindo na evolução das metodologias, especialmente a de desenvolvimento de sistemas, tendo em vista futura certificação CMMI, uma vez que a empresa vislumbra a exportação de software a partir de 2006; investindo em educação e formação, treinando, avaliando e dando feedback. A Senior vem aplicando o TGLE (Tecnologia de Gestão e Liderança de Equipes), também da Fundação Dom Cabral, e no último ano desenvolveu o PAPS (Programa de Aprimoramento Profissional Senior) que é um processo de avaliação de desempenho e de desenvolvimento das habilidades e competências;
Hélio Novaes, vice-presidente executivo da SulAmérica
Os últimos anos foram de grande crescimento. Há cerca de dez anos, o mercado de seguros representava 1% do PIB , hoje representa mais de 3%. Basicamente, dois pontos foram importantes nesse crescimento o atendimento prestado ao cliente e a tarifação correta (preço justo). Nossa perspectiva é continuar o mesmo ritmo de crescimento baseado na ampliação do mercado de previdência que tem se expandido muito e no aumento da base de clientes em todas as áreas. Hoje, apenas 23% da frota circulante de automóveis é segurada, isso significa um enorme potencial a ser explorado. Outra aposta do mercado é no segmento de planos corporativos de saúde, o que demonstra uma preocupação constante das empresas com o bem- estar e segurança dos funcionários , isso se aplica ainda no produto de previdência empresarial.
Mohamad Akl, presidente da Central Nacional Unimed
A porcentagem de pessoas que possuem plano de saúde caiu de 35% em 2003 para 33% em 2004, o que significa que houve uma retração do mercado. Apesar disso, a Unimed pulou de 23,3% no ano passado, para 26,3% de participação neste ano. O segundo na classificação tem apenas 3,5%, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha, realizada no final de 2004. O mercado, atualmente, encontra-se em um movimento intenso. Isso tem levado a renegociações, mudanças de operadoras e de planos e mudanças na forma de contratação. No contexto em que se encontra a saúde no Brasil, acredito que o Sistema Cooperativo seja a melhor solução para a classe médica. Em 1998, o setor de Saúde Suplementar contava com 42 milhões de usuários. Hoje, conta com aproximadamente 36 milhões. A Central Nacional Unimed atua como mediadora nas decisões que envolvem os aspectos operacionais do Intercâmbio entre as 386 cooperativas que compõem o Sistema Unimed. Trabalhamos exclusivamente com pessoas jurídicas e atualmente existe uma maior concorrência em nossa área de atuação, já que está diminuindo a oferta de planos pessoa física.
Marta Enes, diretora da Menes
O setor de e-learning cresce a cada ano de forma consistente. Toda empresa que faz um primeiro projeto bem sucedido torna-se um cliente fiel. Nosso crescimento tem se baseado em projetos que aliam eficiência no treinamento com resultados comprovados. Em 2004, a Menes learnInsight cresceu nada menos que 150%, ano em que o e-learning alcançou a maturidade no Brasil. Atualmente, o e-learning faz parte da estratégia corporativa e já é usado por várias empresas como métrica de resultado. O Brasil ainda é um mercado com muito potencial. Acabamos de nos associar a Get Thinking, empresa americana, pois estamos apostando que os próximos anos serão de muito trabalho. O gigantesco crescimento do uso da internet em todos os setores, facilitou a aceitação do treinamento à distância como uma forma natural de aprendizado. Trata-se de uma mudança irreversível e que vai alcançar brevemente todas as empresas.
Luiz Francisco de Assis Salgado, diretor regional do Senac São Paulo
Há, cada vez mais, consciência coletiva de que a construção da qualidade se faz com envolvimento de cada indivíduo, especialmente em serviços e ainda mais precisamente em serviços educacionais. Na educação brasileira, e especialmente no segmento de educação profissional, temos os ingredientes para a construção dessa qualidade educacional. É preciso, no entanto, colocar em prática. Em relação às perspectivas do ensino superior, dois aspectos podem ser destacados para os próximos anos. O primeiro é o de que o percentual de alunos matriculados nesses cursos ainda é relativamente baixo no país. Há uma tendência de continuidade do crescimento da educação superior para os próximos anos. Entretanto, essa tendência poderá passar por algumas mudanças significativas; o crescimento deverá ser mais lento do que o verificado na década passada, sendo mais intenso nos cursos de pós-graduação e de extensão; deverá ocorrer em setores específicos, que ainda não estão saturados e, de forma descentralizada, chegando a municípios mais distantes dos principais pólos econômicos. Outro aspecto a ser destacado é o de que o avanço do setor deve acirrar a concorrência entre as organizações privadas de ensino superior e, conseqüentemente, a busca pela qualidade dos serviços educacionais oferecidos. Com isso, deverão ser ampliados os investimentos no desenvolvimento de projetos pedagógicos inovadores, compatíveis com as demandas contemporâneas do mercado profissional. Devem crescer, também, os esforços para o aprimoramento dos sistemas de gestão das instituições de ensino superior e para a qualificação do corpo docente e do pessoal administrativo.
Laura Mois, gerente de marketing da CBA
O benefício alimentação passou a ser um dos maiores investimentos das empresas na qualidade de vida de seus funcionários exatamente por ser percebido como um grande impulsionador da produtividade e criador de vínculo positivo entre a empresa, o funcionário e sua família. A partir disso, o profissional de RH vem buscando a melhor solução na administração desse benefício, o que obriga os fornecedores a estarem investindo cada vez mais em tecnologia e serviços tanto para as empresas quanto para os usuários finais. A expectativa é muito positiva. O benefício alimentação tem grande importância na pauta das negociações entre patrões e empregados, pois é uma das formas de garantir o poder de compra do trabalhador, principalmente no formato cesta de alimentos. Além de contar com a reivindicação do trabalhador, hoje o benefício alimentação conta com a responsabilidade das empresas na hora de optar por modalidades de Benefícios.
Irineu Gianesi, diretor de programas executivos do Ibmec-SP
O setor educacional vem se profissionalizando mas o movimento ainda não é sentido a olhos nus, há uma longa caminhada para muitas instituições e as demandas e exigências de mercado estão cada vez mais presentes. A velocidade de implementação de práticas de gestão modernas e eficientes é cada vez maior e o investimento em capital humano é premente tanto para a sobrevivência quanto para a criação de diferenciais competitivos e satisfação de clientes. As organizações que construírem essa visão na prática vão permanecer, as outras terão muito trabalho para se manterem competitivas.
Rafael Moliterno, diretor de planejamento da Unimed SegurosO destaque positivo do setor de seguros foi o crescimento da previdência privada aberta em suas diversas modalidades. Na área de seguros de vida, o VGBL, além de resgatar a cobertura do seguro pró-sobrevivência, alavanca também as coberturas adicionais de risco no seguro de pessoas. O segmento de seguros está em desenvolvimento, pois o mercado segurador tem um campo vastíssimo de crescimento. Vejo que, atualmente, o consumidor tem uma preocupação com o seu futuro. Hoje, ele descobre a importância de possuir em suas mãos o leme de sua própria vida. Percebe que a expectativa de vida tem aumentado, o que o faz refletir sobre sua qualidade de vida na terceira idade e a necessidade de ter um plano de saúde, assim como um plano de previdência privada, para a complementação da aposentadoria pública.
Sem comentários:
Enviar um comentário