Compartilhar conhecimento é alternativa para não sofrer com perda de funcionário

FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

27/01/2014  03h00

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Estimular o compartilhamento de conhecimento entre os funcionários sobre como realizar diferentes atividades ajuda na hora de encontrar um substituto dentro da própria companhia.
Isso pode ser feito, por exemplo, colocando para trabalhar nas mesmas atividades profissionais que são chave na companhia e outros que têm potencial, mas precisam adquirir experiência, explica Marco Antonio Lovizzaro, professor da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista).
"Pode acontecer de alguém se apropriar de um conhecimento e não compartilhá-lo. O empresário precisa estabelecer que o conhecimento é de propriedade da empresa e que mais de uma pessoa precisa saber fazer cada coisa", afirma Lovizzaro.
PROMOÇÃO INTERNA
Essa troca de informações facilita o recrutamento interno. Foi o que aconteceu no ano passado na Mobly, que vende móveis pela internet, quando o diretor de marketing deixou a empresa para abrir um negócio.
A opção do sócio-fundador Victor Noda, 32, foi promover dois gerentes para dividir o posto. Por um mês, o antigo diretor permaneceu no negócio para fazer a transição.
Segundo ele, as vantagens de aproveitar profissionais que já estavam na companhia foram diminuir o tempo de adaptação e não ter de aumentar demais os custos.

	Raquel Cunha/Folhapress
	Victor Noda, dono da Mobly, que foi teve prejuízo com a saída de um funcionário

"Nossa área de marketing tem necessidades diferentes daquelas que a maioria do mercado sabe fazer. Seria muito difícil trazer pessoas com esse conhecimento sem gastar muito", diz Noda.
Ele conta que o maior desafio da transição foi ter colocado dois jovens para chefiar uma equipe formada por pessoas com idade iguais às deles -25 anos.
Daniel Palácio, consultor do Sebrae-SP, afirma que o recrutamento interno é a melhor opção.
Porém, para os casos em que isso não é possível (pelo fato de o funcionário não ter preparado alguém para substituí-lo), o consultor recomenda atenção ao mercado, observando pessoas que eventualmente poderiam ser convidadas para fazer parte da companhia. 

Editoria de Arte/Folhapress