segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Comprar franquia 'usada' reduz risco, mas pede análise detalhada

Comprar franquia 'usada' reduz risco, mas pede análise detalhada

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DE SÃO PAULO
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MPMEComprar uma franquia que já está em funcionamento pode ser uma oportunidade para quem deseja investir sabendo onde está pisando. Entrar em um negócio já consolidado tem vantagens, como encontrar funcionários já treinados e infraestrutura básica funcionando, mas também apresenta riscos.
"Se você compra uma franquia que já está em andamento, conhece o histórico de venda e os custos. Isso reduz os riscos", afirma Batista Gigliotti, master franqueado da companhia de intermediação de venda de empresas Sunbelt Business Brokers.
No entanto, é preciso ter cuidado. "E se os funcionários não tiverem sido bem preparados? E se a imagem da loja não está bem?", alerta o consultor Marcus Rizzo, da Rizzo Franchise.
Antonio Braz, que adquiriu uma franquia que já existia há dois anos e meio da rede de temakis Makis Place, diz que optou pelo repasse por acreditar que poderia trabalhar melhor o negócio.
A "idade" da unidade da franquia pesou na decisão. "A loja não deve ser muito antiga. É importante que o novo franqueado ainda consiga mexer na imagem e reputação da loja, e isso é difícil se ela já está muito consolidada", afirma Braz. Como o marketing das franquias costuma ser padronizado, é difícil mudar esse quadro.
Segundo ele, durante a negociação deve-se pedir a comprovação do faturamento. "É possível fazer uma auditoria de boca de caixa."
Eduardo Anizelli/Folhapress
Antonio Braz comprou temakeria que já existia há mais de dois anos em Campinas (SP)
Antonio Braz comprou temakeria que já existia há mais de dois anos em Campinas (SP)
Isso também é importante para a definição do preço da franquia. Segundo Rizzo, o mercado costuma cobrar, em média, de 6 a 8 meses de faturamento do negócio.
Para Gigliotti, alguns cuidados da parte do vendedor e do cobrador podem evitar problemas. O vendedor deve ter a documentação em ordem. Já o comprador deve se atentar à reputação da unidade, ao comportamento dos funcionários e à relação com a franqueadora.
"É bom saber o motivo da venda da unidade. O que vemos são muitos franqueados que estão se aposentando e querem repassar o negócio."
Gigliotti explica que a operação de repasse pode ser feita com intermediação de empresas especializadas ou pela própria franqueadora –algumas pedem exclusividade para realizar o repasse.
Para Rizzo, essa é a opção mais segura. "O novo franqueado deverá ser aceito pela rede, passar pelo treinamento e, em alguns casos, ter que pagar uma nova taxa de franquia", explica.

Veja como transformar seu negócio em franquia

Veja como transformar seu negócio em franquia

29/12/2013 - 01h30 
ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
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O Brasil tem hoje 2.700 empresas que atuam no modelo de franquias, um número quase quatro vezes maior do que há dez anos. Por causa dessa competição, abrir uma rede dessas exige preparação, investimento, e, especialmente, criar um produto ou um serviço que tenham diferenciais difíceis de serem copiados.
Para vender franquias, a empresa precisa ser rentável e ter um produto que possa ser replicável em diferentes mercados.
Para que o sistema funcione, o franqueado, ou seja, quem compra o direito de usar a marca, deve ter uma lucratividade anual de pelo menos 25% do investimento inicial -ou seja, se ele gastou R$ 100 mil para montar a loja, o lucro anual deve ser de, no mínimo, R$ 25 mil.
A exceção fica com o setor de alimentação, que costuma ter margens menores.
"O mercado onde você atua também tem que estar em expansão", afirma Gustavo Schifino, vice-presidente da ABF (Associação Brasileira de Franchising).
Ele lembra do boom do frozen yogurt há alguns anos. O produto tinha potencial, mas o surgimento de novas redes foi tão grande que saturou o mercado. "Metade das lojas acabou fechando."
O empresário também precisa ser "franqueável". Segundo Schifino, é comum existirem empreendedores sem o perfil de um franqueador, que precisa ter vocação para ensinar outras pessoas a operar o negócio.
Fabio Braga/Folhapress
Lucas Lassen estuda maneiras de transformar a loja de artesanato dele em franquia
Lucas Lassen estuda maneiras de transformar a loja de artesanato dele em franquia
"Ao abrir uma franquia, o franqueador deixa de ser um vendedor e passa a ser um professor", diz Schifino.
O franqueador precisa ensinar ao seu franqueado o que ele tem de mais precioso: o segredo do seu sucesso. Por isso, empresários arrogantes, centralizadores e pouco flexíveis podem não ser bem-sucedidos no modelo.
Analisar o grau de "franqueabilidade" do seu negócio é o primeiro passo fundamental para o empreendedor que quer virar franqueador.
Lucas Lassen, 35, criador da Paiol, loja que vende artesanato há seis anos na rua Frei Caneca (região central de São Paulo), já escutou várias propostas de clientes para franquear a marca.
Ele, que vem estudando o sistema de franquias, tem consciência de que sua rede de fornecedores precisa ser mais bem estruturada para uma futura expansão.
"Meus fornecedores são artesãos, muitas vezes de locais remotos do Brasil, nem todos eles têm hoje capacidade de aumentar sua produção."
Lassen está fazendo um levantamento de quais são os fornecedores mais bem estruturados e também está profissionalizando a gestão. O próximo passo será verificar se ele consegue replicar seu modelo de negócio em outro ambiente. Para isso, vai abrir uma loja virtual.
Depois de constatada a "franqueabilidade" (do negócio e do empresário), especialistas recomendam que seja aberta uma segunda loja -e que ela seja operada de maneira independente, como se fosse uma franquia.
CRESCER SOZINHO
Clederson Cabral, 38, que comanda a marca de sorvetes Mr. Mix, hoje com 140 unidades, começou pequeno e sem grandes ambições. Ele trabalhava em uma grande empresa e abriu sua primeira loja, em 2006, em Porto Ferreira (interior de São Paulo).
Com bons resultados, decidiu abrir uma segunda sorveteria em Paulínia e uma terceira em Campinas. "Minha ideia inicial era só ter lojas próprias e daí começaram a surgir os problemas. Uma coisa é administrar uma loja outra coisa é gerenciar três."
Foi quando um cliente se propôs a adquirir uma franquia. O empresário percebeu que, ao resolver os problemas de gestão das suas três lojas, estava formatando a marca para o sistema de franquias.
Eduardo Anizelli/Folhapress
Pouco depois de abrir a primeira unidade, Gustavo Andare vendeu 210 franquias de 'nail bar
Pouco depois de abrir a primeira unidade, Gustavo Andare vendeu 210 franquias de 'nail bar'
De acordo com especialistas, o ideal é que o empresário opere seu negócio por um tempo -a ideia é ganhar experiência, que é justamente o que se vende no mercado de franquias.
"Esperamos que um franqueador tenha várias unidades próprias, três ou quatro em diferentes locais, e que tenha um ciclo de negócio completo, o que não acontece antes de dois anos", afirma o consultor Marcus Rizzo.
Mas uma pesquisa feita pela empresa dele neste ano mostrou que 31% dos franqueadores nunca operaram o próprio negócio antes de aderir ao sistema.
É o caso da Esmalteria Nacional, que foi concebida para ser uma franquia. A empresa oferece o serviço de "nail bar": enquanto clientes fazem as unhas, podem beber espumante. "No dia que inaugurei minha primeira loja, comecei a vender franquias", afirma Gustavo Andare, 33, criador da rede. Em apenas um ano, Andare vendeu 210 unidades.
Segundo Paulo Cesar Mauro, autor do livro "Guia do Franqueador" (editora Nobel), sucesso demais pode significar fracasso. "Um dos riscos é implantar a rede em uma velocidade maior do que o suporte a ser dado para os franqueados e queimar a marca."

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Currículo

Currículo

No Papel

Um bom currículo traz apresentação pessoal (nome, endereço e idade), formas de contato (telefones e e-mail), formação, objetivos profissionais, histórico profissional e habilidades técnicas (fluência em idiomas e conhecimento em informática, por exemplo).

Dicas para um bom currículo

  • Use uma fonte atraente, simples (as mais indicadas são Verdana ou Arial corpo 12);
  • Organize o currículo para facilitar a leitura do recrutador;
  • Tome cuidado com erros de grafia e gramaticais _pedir para outra pessoa ler ajuda a minimizar erros;
  • Em currículos em sistemas on-line (como o LinkedIn), é interessante fazer versões em português e em inglês, se tiver fluência nos idiomas

Ordem dos dados

Apresente-se colocando seus dados pessoais (nome, idade e endereço).
É imprescindível especificar seu objetivo, ou seja, mencionar em que área pretende trabalhar ou que cargo deseja assumir.
Em seguida, acrescente a formação, com destaque para cursos de nível superior e de pós-graduação (como MBA e especialização).
Após a apresentação vem o histórico profissional. Comece pela experiência mais recente, com detalhes como o período em que trabalhou em determinada empresa, cargos ocupados, responsabilidades e resultados alcançados.
Caso já tenha passado por inúmeras empresas, ressalte as passagens mais importantes e condizentes com o objetivo profissional.

Preciso escrever carta de apresentação?

Não. Ela foi muito utilizada há alguns anos, mas hoje não é imprescindível, especialmente se repetir o que é descrito no currículo. Alguns consultores aprovam fazer introdução em e-mail que será enviado para alguém específico.

É melhor padronizar o currículo ou personalizar para cada empresa?

O currículo pode ser adaptado de acordo com os objetivos em cada empresa. Nesse caso, é preciso destacar o que é mais importante para cada vaga e que habilidades e experiências são relacionadas ao objetivo profissional que foi especificado para aquela companhia.

O que é dispensável num currículo?

  • Número de documentos pessoais;
  • Fotografia;
  • Carta de apresentação;
  • Autoavaliação;
  • Número de filhos;
  • Ações descritas em terceira 3ª pessoa (desenvolveu, fez, colaborou);
  • Viagens a passeio;
  • Tabelas com dados;
  • Textos extensos;
  • Vocabulário difícil;
  • Opiniões pessoais sobre determinada empresa
  • Estado civil

Principais erros

  • Supervalorizar habilidades e experiências (como dizer que liderou um projeto do qual apenas participou ou transformar inglês intermediário em avançado);
  • Limitar o currículo a uma página quando se tem mais informações relevantes para que o selecionador conheça seu histórico profissional;
  • Encher o currículo com informações irrelevantes, apenas para dar a impressão de “volume”;
  • Dados e números confidenciais (podem ser deixados para a entrevista);
  • Usar fontes com firulas _prefira as simples, como Verdana ou Arial corpo 12
Fontes: Alexandre Attauah (Robert Half); Bruna Dias (Cia de Talentos); Carolina Ignarra (Talento Incluir); Krista Canfield (LinkedIn); consultores da Asap



Na internet

Currículo on-line deve ser igual ao de papel?

Na internet, o currículo pode ter mais informação do que no papel, mas deve manter a objetividade, afirmam consultores. Assim será encontrado por programas que buscam documentos por meio de palavras-chave.
Como a empresa pode buscar alguém com determinada experiência, vale citar palestras, cursos on-line e interesses.
Objetivos profissionais devem ser mais bem explicados _há palavras diferentes para o mesmo significado, como secretária presidencial e secretária bilíngue.
Pessoas responsáveis por clientes podem incluir os mais relevantes. Isso aumentará as chances de o perfil aparecer em uma busca por palavras-chave, segundo Krista Canfield, gerente sênior de relações públicas do site.
Fontes: Alexandre Attauah (Robert Half); Bruna Dias (Cia de Talentos); Carolina Ignarra (Talento Incluir); Krista Canfield (LinkedIn); consultores da Asap



Exemplo

O que deve ser exposto em cada tópico do currículo, segundo consultores.
Nome, endereço e idade.
  • Alguns consultores consideram não ser relevante informar estado civil e nacionalidade no currículo; outros orientam a incluir esses dados.

Contato

Telefones e e-mail

Objetivo

O candidato deve ser claro sobre o cargo que pretende ocupar, a área em que quer trabalhar e os projetos que deseja desenvolver.

Perfil profissional

Em forma de tópicos, descreva objetivamente atividades relevantes (como prêmios), seus pontos fortes e suas habilidades. Inclua de 3 a 6 tópicos, pois detalhes podem ser mencionados na entrevista presencial.
Se for jovem, detalhe aptidões profissionais e comportamentais para compensar a falta de experiência.

Formação

Informe nome de cursos que já fez (técnico com certificações, graduação, pós-graduação), nome das instituições, ano de conclusão do curso (ou de previsão de conclusão).

Idiomas

Liste apenas idiomas que conhece ou domina e informe o nível de conhecimento.
Exemplo: Inglês: leitura (fluente), escrita (intermediário), conversação (avançado)
Não é necessário colocar nome de escola ou nível em que está na instituição. Como não há um padrão entre as escolas, fica difícil para o avaliador estabelecer qual é o conhecimento da língua a partir dessa informação.
No caso de certificações de proficiência recentes, elas podem ser citadas, com a nota obtida.

Experiência profissional

Espaço para listar as empresas em que atuou (da atual para a mais antiga), o período em que ficou em cada uma, os cargos ocupados e as atividades realizadas (em forma de tópicos; no máximo seis).
É importante destacar realizações e resultados nos últimos empregos.
Profissionais com passagens por diversas empresas devem destacar as mais relevantes para o cargo pretendido. Se a empresa não for conhecida, mencione em que ramo ela atua.
Quem ficou fora do mercado por um período deve explicar o motivo. Não deixe lacunas de informação no currículo.

Referências profissionais

Alguns consultores recomendam incluir contatos de duas ou três pessoas com quem o candidato trabalhou e que possam falar sobre suas realizações e experiências.

Informações complementares

Se for o caso, incremente o currículo com informações como participação em grupos de discussão e atividades não profissionais, como hobbies, cursos complementares à formação, viagens internacionais e voluntariado.

Deficiência

Quem tem alguma deficiência deve especificá-la no currículo, tanto para aumentar chances em empresas que precisam contratar pessoas com esse perfil como para que a companhia se prepare para receber o candidato. Durante a conversa, o recrutador pode questionar sobre adaptações.
Fontes: Alexandre Attauah (Robert Half); Bruna Dias (Cia de Talentos); Carolina Ignarra (Talento Incluir); Krista Canfield (LinkedIn); consultores da Asap



Entrevista

Antes de ir para uma entrevista de emprego, é preciso se preparar. O essencial é fazer um balanço de objetivos e de qualidades e ter isso em mente, com clareza.
Informe-se sobre a empresa, o segmento em que atua e que produtos e serviços vende. Essas informações estão disponíveis no site da companhia. Pesquise também sobre a história da empresa e a situação de seu ramo de negócios.

Como se vestir para entrevista?

De maneira discreta e compatível com o ambiente de trabalho. Algumas empresas, como bancos e escritórios de advocacia, exigem trajes formais.
A maioria das companhias, porém, não exige formalidade. Segundo consultores, é melhor errar pelo excesso do que pela falta _é melhor se arrumar demais do que menos.
Algumas regras básicas são usar desodorante, evitar perfumes fortes e cuidar das unhas. Mulheres devem usar maquiagem e esmalte neutros.

Como agir na entrevista?

A entrevista é uma chance para candidato e empresa se conhecerem. O candidato deve prestar atenção às perguntas e respondê-las de modo calmo, firme e objetivo.
Para cada competência mencionada, é preciso citar dados que a comprovem _quem diz que é bom líder deve mostrar exemplos e resultados.
Aproveite a oportunidade para fazer todas as perguntas que desejar sobre a vaga e tirar dúvidas sobre o posto e a empresa.

Quais são os principais erros?

  • Dar respostas prontas e usar clichês, como definir perfeccionismo como seu maior defeito;
  • Falar mal de empresas em que atuou e de ex-colegas de trabalho;
  • Faltar sem avisar com antecedência;
  • Pedir salário exagerado, de mais de 50% do que recebe. É importante estar informado sobre a realidade do mercado e pedir, no máximo, 30% a mais;
  • Querer conduzir a entrevista em vez de responder aos questionamentos;
  • Faltar com a transparência quanto ao desligamento de empresas em que trabalhou. Quando o entrevistador vai checar as referências, a história nem sempre é confirmada pelos ex-gestores;
  • Perguntar sobre detalhes pouco importantes em uma primeira entrevista (como que modelo de celular a empresa oferece);
  • Demonstrar ansiedade em excesso, como ligar todos os dias para saber o andamento do processo

Posso ligar para a empresa se não receber resposta?

Sim. Na entrevista, peça uma previsão de prazo para preencher as vagas. Após esse período, se não houver resposta, pode-se ligar para a empresa responsável pelo processo de seleção.
Se o processo foi conduzido por uma empresa terceirizada, esta será responsável pela resposta, e não a empresa que oferece a vaga.
Fontes: Alexandre Attauah (Robert Half); Bruna Dias (Cia de Talentos); Carolina Ignarra (Talento Incluir); Krista Canfield (LinkedIn); consultores da Asap

Ex-agente da CIA ensina providências de seguranças a empresários

Ex-agente da CIA ensina providências de seguranças a empresários

da Livraria da Folha
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O mundo dos negócios não é tão diferente de questões de segurança global. Corporações procuram ficar informadas dos passos da concorrência, esconder segredos sobre o próximo produto e coletar e analisar o máximo de dados.
A ex-agente da J.C. Carleson, explica diversas formas de manipular e de extrair e ocultar informações, mesmo em situações corriqueiras, no livro "Trabalhe com InteligênCIA". De acordo com ela, as lições da CIA podem beneficiar empresários e empresas.
Divulgação
Técnicas dos agentes da CIA podem ser aplicadas ao mundo dos negócios
Técnicas dos agentes da CIA podem ser aplicadas aos negócios
Levar somente a quantidade necessária de dados em uma viagem é a primeira das sugestões de contrainteligência de segurança.
"Considere ter um laptop apenas para viagens; esse equipamento não deve conter nenhum dado pessoal, senhas salvas, nem qualquer outra informação sensível", diz. "É muito mais provável que você seja vítima de roubo enquanto em viagem".
Cautela em recintos eletrônicos públicos, que facilita a violação de arquivos, e a "pegada pública", ou seja, informações que despejamos diariamente nas redes sociais, por exemplo, são formas de ficar exposto.
"Eles [redes sociais] podem ser maravilhosos para nos manter em contato com amigos e família, mas devem ser usados tendo sempre em mente que alguém, em algum lugar, está observando o que você publica com motivos nada nobres".
O conselho básico de Carleson é picar papéis. Pode parecer paranoia da Guerra Fria, mas a ex-agente garante que ainda existem "mergulhadores" --pessoas que vasculham lixo em busca de informação. Eles podem estar atrás de documentos da empresa ou de saldos bancários pessoais.
"Em um mundo no qual a informação tem preço, vale a pena ser vigilante", escreve.
Depois de quase uma década de trabalho clandestino no Oriente Médio, Carleson deixou a agência de inteligência norte-americana. Antes, com diploma da Ivy League --grupo de oito universidades de elite--, ela trabalhou em setores industriais.
Como pode se esperar de uma pessoa treinada pela CIA, Carleson não revela informações, fontes ou técnicas que possam colocar em risco operações do seu país. Ainda assim, apresenta uma série de métodos úteis para procurar de um novo emprego, gerenciar as informações de uma empresa e realizar uma venda.
*
"Trabalhe Com InteligênCIA"
Autor: J.C. Carleson
Editora: Saraiva
Páginas: 192
Quanto: R$ 29,90 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

Veja livros que você não deveria ler no trabalho

Veja livros que você não deveria ler no trabalho

da Livraria da Folha
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Alguns livros podem ser considerados ofensivos no ambiente de trabalho. Por mais que títulos do gênero apresentem textos descontraídos, nenhum chefe gostaria de pegar um funcionário com um exemplar de "Como Trabalhar para um Idiota". Como alerta a brincalhões e desatentos, a Livraria da Folha selecionou livros que não devem ser lidos durante o expediente.
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Dilbert é o herói de milhões de trabalhadores do mundo corporativo
Dilbert é o herói de milhões de trabalhadores do mundo corporativo
"Já Nem Lembro se Somos Muquiranas ou Espertos" reúne tirinhas de Dilbert em sua épica batalha para sobreviver ao cotidiano corporativo, em meio a chefes incompetentes, tarefas inúteis e colegas de trabalho malucos. Veja tirinhas da edição.
Como o próprio título sugere, "Odeio Gente!" não traz nenhuma receita zen para engolir pessoas antipáticas ou praticar a política de boa vizinhança. A indicação é impor seu modo de trabalho e aprender a conviver com os piores tipos humanos. Faça o teste e descubra se você odeia gente.
É praticamente impossível construir uma carreira sem passar pela experiência de trabalhar sob as ordens de um chefe prepotente, perfeccionista, inseguro ou apenas incompetente."Como Trabalhar para um Idiota" examina todos os ângulos contidos nas hierarquias do mundo corporativo e todos os tipos de chefes que você pode encontrar pela frente.
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Autoajuda pouco convencional que ensina a tranformar o ambiente de trabalho
Autoajuda pouco convencional ensina como se livrar de idiotas
Com o subtítulo "Conheça as Reclamações mais Comuns e Aprenda a Conquistar a Satisfação e o Comprometimento de sua Equipe", "Por que as Pessoas Odeiam seus Chefes?" é voltado aos que ocupam um cargo de liderança. Porém, o título pode provocar desconforto antes que você possa se explicar.
Com os ensinamentos que encontrará em "Trabalhar com Você Está me Matando", o leitor vai mudar sua reação diante dos inevitáveis conflitos do dia a dia, aprender a defender seu espaço, descobrir as atitudes que impedem o seu sucesso e, principalmente, parar de se sentir inseguro, frustrado e ansioso toda vez que sair de casa para trabalhar.
"Manifesto do Partido Comunista", de Karl Marx e Friedrich Engels, dispensa mais explicações. O livro apresenta uma denúncia dos mecanismos de opressão política e econômica.
Publicado pela editora Taschen, "The Big Butt Book" ("O Grande Livro das Bundas", em tradução livre) conta com mais de 400 fotos de 1900 até os dias atuais, incluindo obras de nomes da fotografia como Batters Elmer, Ellen von Unwerth, Jean-Paul Goude, Ralph Gibson, Richard Kern, Jan Saudek, Ed Fox, Terry Richardson e Sante D'Orazio.
Texto baseado em informações fornecidas pela editora/distribuidora da obra.

Veja dicas de livros para ajudar a carreira

Veja dicas de livros para ajudar a carreira

15/12/2013 - 01h00 
DE SÃO PAULO
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As pessoas buscam informações mais rápidas, mas são os livros que dão massa crítica, nos fazem refletir e esgotar um assunto, afirma o palestrante e doutor em comunicação Dado Schneider, 52.
Ele mesmo publicou "O Mundo Mudou Bem na Minha Vez", em que fala sobre como os profissionais mais velhos precisam se adaptar aos hábitos dos mais jovens.
Ele dá dicas de livros para ler nas férias para ser um profissional melhor. Veja abaixo.
*
"O Melhor de Peter Drucker"
Peter Drucker foi considerado o papa dos negócios no século 20. Recomendo a compilação "O Melhor de Peter Drucker", que fala sobre história, responsabilidades e fundamentos da administração.
Divulgação
Dado Schneider cita livros para ajudar na carreira
Dado Schneider cita livros para ajudar na carreira
"Made In Japan"
De autoria de Akio Morita, fundador da Sony, "Made in Japan" fala sobre ética e comprometimento para construir uma empresa e também um país. Foi clássico nos anos 1980.
"Empresas Feitas para Vencer"
O livro de Jim Collins, conta histórias de organizações que passaram por dificuldades e deram a volta por cima. Ele é inspirador e descreve muitas relações entre funcionários e chefes.
"Macunaíma" e "Memórias Póstumas de Brás Cubas"
Não acredito em livros de dicas para pessoas competentes. Eu costumo sugerir que as pessoas leiam romances. Para entender o Brasil, gosto de "Macunaíma" e "Memórias Póstumas de Brás Cubas".

Já pensou em ser freelancer?

Já pensou em ser freelancer?

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Por Fernanda Bottoni
Se você está sem trabalho fixo e precisa adquirir experiência e ganhar uma grana, prestar serviços como freelancer pode ser uma excelente alternativa. Afinal, conseguir um “frila” é bem mais simples do que ser contratado por uma empresa e ainda pode render muitos contatos e muita aprendizagem.
Pontos positivos
Uma das principais vantagens de ser freelancer, aliás, é exatamente a de fazer contatos com várias empresas e vários profissionais. Afinal, quanto mais clientes você tiver, melhor. Você consegue mais trabalhos e, se perder algum deles, não compromete tanto o seu orçamento. Essa variedade – tanto de contatos quanto de trabalhos – também faz com que o “frila” dificilmente sofra de tédio, como é o caso de alguns funcionários que passam os dias executando as mesmas tarefas.
Ah, sim, lembra quando você estava empregado e ia acumulando funções e projetos sem ganhar nada mais por eles? Pois é, como “frila” esse problema praticamente desaparece. Afinal, o “frila” trabalha por job. Quanto mais jobs, mais dinheiro. Exceções sempre existem, mas essa é a regra.
Outra maravilha é ter horários flexíveis. Por exemplo, se você está fazendo ou pensa em fazer um mestrado com aulas no período da tarde, pode se organizar para isso. A dica vale também para quem tem filhos pequenos ou precisa cuidar de algum parente ou amigo que não está bem de saúde.
Sem contar que, se você trabalhar home office, não vai sofrer no trânsito e nem encher a sua timeline de lamentações, como fazem aqueles amigos que atravessam a cidade duas vezes por dia para trabalhar. Já pensou quanto tempo você teria para outras atividades sem passar por esse sofrimento?
Mais uma vantagem de ser “frila”, principalmente para quem está começando a carreira agora, é poder rechear o currículo com essa experiência. “Você pode se identificar como prestador de serviços e relatar suas principais atividades desenvolvidas nesse período”, recomenda a coach Caroline Calaça.
Isso demonstra que você não ficou parado e não deixou de aprender e evoluir, principalmente se os trabalhos prestados forem na sua área de atuação mesmo. Como “frila” você provavelmente tenha atividades bem diversificadas e possa acumular bastante aprendizado em pouco tempo.
Pontos negativos
Pois é, eles também existem, infelizmente. Um dos principais é a instabilidade financeira. Você pode ganhar muito em um mês e quase nada no outro. Também não vai poder contar com décimo terceiro e nem férias (remuneradas). Também não vai ter plano de saúde da empresa. E aquela história de flexibilidade de horarios (lembra?) também pode se virar contra você.
Ninguém vai bater na sua mesa e dizer que já trabalhou demais e é hora de ir para casa. É preciso saber quando parar sozinho. E por falar em “sozinho”, pode ser que você se sinta solitário quando não tiver um colega de baia para conversar ou quando parar de receber convites para o café, o happy hour ou o amigo secreto da empresa. Claro que há quem considere essa parte do amigo secreto uma vantagem…
Outro ponto que merece atenção é a forma como as empresas vão remunerar o seu trabalho. Algumas exigem que você tenha uma empresa aberta e receba como pessoa jurídica. Outras tranquilamente farão o pagamento como pessoa física. Antes de aceitar um trabalho, confira essas informações e também os descontos (imposto de renda, ISS, INSS, etc) que incidirão sobre o que você vai ganhar. Faça as contas para saber se vale a pena ou se é preciso negociar alguma coisa diferente.
Por onde começar
Pois bem, se você colocou tudo na balança e achou que vale a pena ir em frente, nem que seja por um tempo, saiba que, como quase tudo na vida profissional, essa etapa também começa pelo networking. Se você está decidido a prestar serviços como autônomo, precisa deixar as pessoas saberem disso. Você pode entrar em contato com ex-colegas de trabalho ou faculdade, que trabalham na mesma área que você.
As redes sociais também são um excelente meio para anunciar sua disponibilidade e suas habilidades, mas sempre de forma simpática, por favor. Jamais (em hipótese alguma mesmo) utilize um tom “desesperado” nessa comunicação, como se estivesse pedindo uma esmola para pagar contas. Sua decisão precisa e merece ser anunciada da melhor forma possível.
Cuidados a tomar
Agora, quem pensa que só porque é “frila” não precisa ter muito comprometimento com as entregas e nem fazer aquela social com quem está contratando o serviço, já começa errando feio.
É exatamente por você ser “frila” que seus erros serão muito menos tolerados. Pense no quanto é mais fácil trocar de prestador de serviço do que demitir um funcionário e contatar outro. Por isso, faça um trabalho sério e cumpra o combinado, tanto em relação à qualidade quanto aos prazos estipulados. “Quem presta um serviço medíocre pode se queimar bem mais rápido no mercado”, alerta a coach Caroline Calaça. “Frila” bom é aquele em que o “cliente” confia.
Também é necessário manter contato com as pessoas que contratam seus serviços para que elas se lembrem de vocês nas próximas oportunidades e possam indicar seu nome a outras pessoas e empresas.
E, para quem pensa em “frilar” apenas enquanto não consegue um emprego formal, a coach Carolina faz mais um alerta. “Permanecer muito tempo como freelancer pode dar a impressão de que você está fora do mercado de trabalho”.
Se esse for o seu caso, defina um período para o “frila” e continue em busca da boa e velha formalidade no mercado de trabalho. Se achar conveniente, você também pode deixar seu “cliente” saber dessa sua intenção. Quem sabe não aparece uma vaga para trabalhar com ele. E, claro, um bom trabalho, especialmente nesse caso, vai ser seu melhor cartão de visitas.
Freelancer
- See more at: http://vagas.com.br/profissoes/acontece/ja-pensou-ser-freelancer/?goback=%2Egde_1876153_member_5816974126115495936#%21

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ites chineses conquistam brasileiros com produtos baratos e de pouca qualidade

ites chineses conquistam brasileiros com produtos baratos e de pouca qualidade

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REGIANE TEIXEIRA
DE SÃO PAULO
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ComprasNeste Natal, a família do designer Martin Barqueiro, 30, resolveu fazer algo diferente. Após a ceia do dia 24, ele e seus parentes vão trocar apenas presentes comprados em um site chinês de e-commerce.
A ideia surgiu há três meses, no auge da empolgação com a descoberta do portal AliExpress, que vende toda sorte de bugigangas, gadgets e pechinchas a preços semelhantes --ou menores-- que os praticados em lojas da rua 25 de Março.
Com US$ 7 (R$ 16,49) e navegando em português, dá para comprar uma cabeça de unicórnio de látex, uma capa de iPhone 5 ou um vestidinho floral. "Para a nossa festa, fixamos um limite de US$ 50 (R$ 117,76) por presente", conta Martin.

Invasão chinesa

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Luisa Dorr/Folhapress
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A arquiteta Leika Morishita já conseguiu achados e caiu em roubadas em sites chineses de compras
Lançado em 2010 pelo grupo chinês Alibaba --que disputa pau a pau com a Amazon pela liderança do varejo on-line mundial--, o portal reúne pequenos vendedores e compradores de mais de 220 países.
Diretora de marketing do grupo no Brasil, Silvia Muller diz que o país já está entre os dez principais mercados da empresa no mundo.
A rede não abre números, mas afirma que o volume de compras brasileiras no AliExpress cresceu três vezes neste ano na comparação com 2012.
Além disso, um quarto dos consumidores brasileiros são de São Paulo. Embora os itens mais enviados para cá sejam roupas, acessórios, sapatos e telefones celulares, o universo de produtos é ilimitado: vai do kit de espremedores de pasta de dente de bichinhos (US$ 0,85 ou R$ 2) ao capacete para motociclista US$ 42,38 ou R$ 99,81).
Segundo os Correios, o volume de encomendas que passam por suas agências cresce em torno de 21% nos meses de novembro e dezembro.
Há dezenas de sites chineses no estilo do AliExpress que entregam no Brasil.
O engenheiro Marcelo Okano, 36, chegou ao DealExtreme, que têm grande oferta de itens eletrônicos, por indicação de amigos.
Clique após clique, ele ficou viciado e, até seis meses atrás, fazia ao menos uma compra por semana. "As coisas iam chegando aos pouquinhos e ficava esperando os Correios. Com frete grátis, acaba sendo uma diversão", conta ele, que costuma comprar peças para computador e brinquedos para os dois filhos.
Segundo Alberto Albertin, coordenador do Centro de Tecnologia e Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas da FGV, as transações on-line com os chineses foram iniciadas há dois anos e vêm se intensificado nos últimos meses. "Cada vez mais o consumidor percebe que pode comprar coisas vindas de qualquer lugar pela internet."
Editoria de Arte/Editoria de Arte
ERRO E ACERTO
Fazer uma boa compra nos sites chineses, no entanto, requer certos macetes do internauta.
Entre inúmeras peças de roupa, maquiagem e bijuteria, a arquiteta Leika Morishita, 33, já comprou no AliExpress relógios que chegaram sem funcionar, vestidos que não serviram e sapatos que perderam a sola após uma caminhada de poucas quadras. "É um risco, não é um site para iniciantes. Demorei para aprender."
O engenheiro Marcelo Okano acredita que já teve um prejuízo de cerca de R$ 300 só com produtos não recebidos. "Se reclamo, o vendedor dá o número de rastreio do pacote e garante que mandou", diz ele, que também já recebeu itens sem funcionar. "Muitas vezes as coisas também são extraviadas, não dá para saber de quem é a má fé."
Nesse caso, é preciso ter organização e muita paciência antes de fazer um pedido -a média de entrega da China para o Brasil é de 40 dias.
Dicas como ter todas as medidas na hora de escolher roupas e comprar picadinho, em várias remessas, diminuem as chances de frustração no caso de erros e extravios.
"Tudo isso além do básico de qualquer compra na internet: ver os comentários de outros consumidores e a qualificação das lojas no site", ensina Leika.
O prometido negócio da China também pode azedar na chegada ao Brasil. Segundo a Receita Federal, todos os produtos enviados por lojas de outros países são taxados em 60% sobre seu valor e frete.
O tênis que o designer Martin Barqueiro comprou pelo site chinês custou metade do preço que é cobrado nas lojas brasileiras, mas foi barrado quando chegou aqui. "No fim, com o imposto, saiu a mesma coisa."
Mesmo acreditando que não conseguiu aproveitar 30% de tudo que já comprou do site chinês, Leika acredita que o risco vale a pena. "Em São Paulo tudo está megacaro e não tem nada legal. Ou melhor, até tem, mas custa R$ 300."
Editoria de Arte/Editoria de Arte
Os itens de baixo custo da China também podem pesar na consciência do consumidor. Para James Wright, coordenador do MBA executivo internacional da FEA-USP, o sistema chinês é atraente, mas injusto. "Os salários lá já não são mais tão ruins, mas sabemos que muitas vezes os preços são baixos por conta das condições de trabalho precárias."
Ao mesmo tempo, ele acredita que a expansão do e-commerce asiático é um aprendizado para as empresas nacionais. "Visito a China todo ano e vejo que qualquer microempresa lá pensa em exportar", afirma.
"É um país que tem uma articulação e uma estrutura para a exportação." A pesquisa Datafolha mostra que entre os 75% dos paulistanos que têm acesso a internet, mais da metade costuma comprar on-line.
PELA ARTE
Ávida consumidora na internet, a arquiteta Leika também é usuária do site americano Etsy, especializado em produtos artesanais e vintage.
Ali, ao contrário dos itens em série, o barato é comprar esculturas, gravuras e pinturas direto dos artistas ou garimpar acessórios, bolsas e sapatos únicos e antigos.
"No Etsy, o problema costuma ser a descrição do produto e os vendedores demoram muito para responder alguma pergunta", diz. "Mas já comprei uma bolsa que foi um achado e saiu barata."
A publicitária Natalia Traldi Bezerra, 30, é outra entusiasta. Em busca de artigos únicos e de qualidade, ela fez ao menos uma compra por mês no site no ano passado. "Eles têm táticas para te manter interessado, como mandar sempre e-mails com novidades."
De lá, ela já encomendou bijuterias, cachecóis, gravuras e capas de celular. "As coisas sempre vieram como eu esperava ou melhor. Tem artista ou vendedor que até envia mimos, como recadinhos e cartões."
No Brasil, sites como Elo7 e Tanlup reúnem artistas, artesãos e estilistas que fazem vendas de maneira independente. "É também um mercado crescente, mas nada como o movimento chinês", afirma Alberto Albertin, da FGV.