Reação ao erro determina aprendizado
02/03/2014 - 01h48
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ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Especialistas em gestão são unânimes em dizer que o erro em si não importa tanto -o diferencial é como lidar com ele.
"A pior coisa a fazer é esconder o erro, ou ignorá-lo", afirma Renata Wright, gerente executiva da divisão de recursos humanos da Michael Page. Para ela, o ideal é o profissional assumir o erro e oferecer uma solução sempre que possível. E aprender com a falha, é claro. Quando isso acontece, transformam-se erros em acertos.
Outro otimista é Alexandre Bernardo, coordenador do curso de tecnologia e gestão de RH do Centro Universitário Senac. "Acredito que com a evolução da sociedade e com a difusão dos vários conhecimentos, a tendência é que os erros comecem a ser interpretados de uma outra maneira".
AQUI PODE
Apesar de algumas empresas ainda reprimirem o erro, há setores em que as falhas são uma constante, ou seja, fazem parte do processo. E são levados com bom humor. A cantora Blubell, 36, comenta que, no palco, é comum errar uma nota, desafinar ou esquecer a letra. "Um bom músico conserta o erro na hora".
Apesar de algumas empresas ainda reprimirem o erro, há setores em que as falhas são uma constante, ou seja, fazem parte do processo. E são levados com bom humor. A cantora Blubell, 36, comenta que, no palco, é comum errar uma nota, desafinar ou esquecer a letra. "Um bom músico conserta o erro na hora".
Já para a chef Renata Vanzetto, 25, na cozinha, erros podem se transformar em acertos. Uma das sobremesas mais pedidas no Marakuthai, um de seus restaurantes, foi criada em um dia de desespero. Renata comandava o buffet de um evento e precisava assar a torta que serviria como sobremesa, mas o forno não funcionou. Ela fez a torta na panela e, quando provou o creme improvisado, aprovou.
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Blubell, cantora
O excesso de informalidade é o maior problema do mundo musical para a cantora e compositora Isabel Fontana Garcia, mais conhecida como Blubell.
Ela conta que, no início da carreira, acabou se complicando por causa disso - fez apresentações e participou de campanhas publicitárias sem assinar contratos e terminou sem ver a cor do dinheiro.
"Hoje sempre ando com o meu contrato", afirma a cantora e compositora.
No palco, os erros são comuns, segundo a cantora, e o segredo é improvisar em cima deles.
"É comum errar uma nota, esquecer ou desafinar um pouquinho. Nós não somos máquinas. Mas um bom músico sabe consertar o seu erro na hora."
Ela tem seus macetes para os momentos em que esquece a letra: puxa versos de outras estrofes e faz substituições.
Segundo ela, depois de um show, é raro puxar a orelha de alguém da equipe que tenha errado uma nota no palco.
A exceção fica para falhas que sejam tão dramáticas a ponto de terem sido percebidas pelo público.
O excesso de informalidade é o maior problema do mundo musical para a cantora e compositora Isabel Fontana Garcia, mais conhecida como Blubell.
Ela conta que, no início da carreira, acabou se complicando por causa disso - fez apresentações e participou de campanhas publicitárias sem assinar contratos e terminou sem ver a cor do dinheiro.
"Hoje sempre ando com o meu contrato", afirma a cantora e compositora.
No palco, os erros são comuns, segundo a cantora, e o segredo é improvisar em cima deles.
"É comum errar uma nota, esquecer ou desafinar um pouquinho. Nós não somos máquinas. Mas um bom músico sabe consertar o seu erro na hora."
Ela tem seus macetes para os momentos em que esquece a letra: puxa versos de outras estrofes e faz substituições.
Segundo ela, depois de um show, é raro puxar a orelha de alguém da equipe que tenha errado uma nota no palco.
A exceção fica para falhas que sejam tão dramáticas a ponto de terem sido percebidas pelo público.
| Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
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| A cantora e compositora Blubell |
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Alex Tabor, diretor de TI e fundador do Peixe Urbano
Para comemorar um ano de empresa, às vésperas do dia da mentira, a equipe do Peixe Urbano decidiu colocar no site ofertas a R$ 0,01. Pouco antes da meia noite, Luciano Huck, investidor da empresa, postou no Twitter a promoção -que parecia mentira, mas era verdade. À meia-noite, com tráfego de oito milhões de usuários, a equipe de TI não conseguiu colocar o site promocional no ar. Depois, com a explosão do tráfego, o site travava. "Foi o dia inteiro assim, o site funcionava e depois caía. Para satisfazer os clientes, Alex Tabor manteve a promoção por dois dias. "Desde então, repetimos a promoção uma vez por ano, mas já é mais controlado. Testamos o sistema antes."
Para comemorar um ano de empresa, às vésperas do dia da mentira, a equipe do Peixe Urbano decidiu colocar no site ofertas a R$ 0,01. Pouco antes da meia noite, Luciano Huck, investidor da empresa, postou no Twitter a promoção -que parecia mentira, mas era verdade. À meia-noite, com tráfego de oito milhões de usuários, a equipe de TI não conseguiu colocar o site promocional no ar. Depois, com a explosão do tráfego, o site travava. "Foi o dia inteiro assim, o site funcionava e depois caía. Para satisfazer os clientes, Alex Tabor manteve a promoção por dois dias. "Desde então, repetimos a promoção uma vez por ano, mas já é mais controlado. Testamos o sistema antes."
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Marcelo Pugliesi, fundador da Direct Talk
Em 2012, a Direct Talk deu um passo para trás. O diretor-executivo Marcelo Pugliesi conta que diante do sucesso de um software de comunicação virtual, a empresa expandiu demais a linha de novos produtos e alguns fracassaram. "Mudamos nossa estratégia, enxugamos nossa linha e focamos no que sabíamos fazer bem". O passo atrás foi um acerto. "Quando nós nos concentramos no nosso melhor produto, o desempenho foi melhor." Pugliesi conta que, no universo da TI, o profissional não deve ter medo de errar, mas precisa corrigir rapidamente a falha.
Em 2012, a Direct Talk deu um passo para trás. O diretor-executivo Marcelo Pugliesi conta que diante do sucesso de um software de comunicação virtual, a empresa expandiu demais a linha de novos produtos e alguns fracassaram. "Mudamos nossa estratégia, enxugamos nossa linha e focamos no que sabíamos fazer bem". O passo atrás foi um acerto. "Quando nós nos concentramos no nosso melhor produto, o desempenho foi melhor." Pugliesi conta que, no universo da TI, o profissional não deve ter medo de errar, mas precisa corrigir rapidamente a falha.


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