domingo, 28 de abril de 2019

Quem é quem no teatro



Quem é quem no teatro

 São vários os profissionais envolvidos para que os espectadores apreciem um espetáculo teatral. Quando os atores e as atrizes entram no palco, muito trabalho teve início antes da apresentação.

Tudo começa com a escolha do texto que será encenado, pois ele faz parte do espetáculo e nasce do trabalho do autor, do dramaturgo.

O produtor teatral cuida de tudo o que será necessário para que a peça se concretize: contratação dos atores e da equipe técnica, patrocínio, data e local para a apresentação, divulgação, entre outras atividades.

Um espetáculo precisa também de um diretor, conhecido como encenador. É ele quem seleciona os atores, faz algumas adaptações no texto, decide sobre trilhas sonoras, figurinos, cenários, dirige os atores, participa dos ensaios, enfim, cuida para que todas essas partes formem um verdadeiro espetáculo.

O cenógrafo cuida do cenário, o recurso pelo qual a plateia será transportada para a época e o local onde as cenas acontecem.
 O figurinista cria figurinos e veste os atores. Cada detalhe das roupas deve corresponder ao texto, à época, aos costumes e aos fatos da história.

O iluminador cria o ambiente propício e necessário às cenas, com luzes e sombras. Assim, é possível saber se a cena acontece durante o dia, à noite ou de madrugada; se o ambiente é triste, pesado ou mais alegre, descontraído. De acordo com as orientações do diretor, esse profissional dirige o foco de luz para algum personagem ou objeto, em determinada cena, chamando a atenção da plateia para o que acontece ali.

O sonoplasta cuida dos sons necessários para que o desenrolar da peça ganhe impacto, solenidade, ternura, melancolia, enfim, o “clima” sugerido em cada cena. Além disso, esses sons colaboram para que a plateia perceba se a cena acontece em um centro urbano, com chuva, em uma guerra, no século passado, em outro país etc.

O maquiador garante que os atores e as atrizes tenham a aparência adequada para que os personagens ganhem veracidade, ou seja, para que se pareçam o máximo possível com os personagens retratados, transmitindo autenticidade.

Também são necessários carpinteiros, costureiras e ajudantes gerais. Bilheteiros cuidam das vendas dos ingressos, e porteiros, da recepção do público. Nos bastidores, outros profissionais estão envolvidos com a organização dos espaços nos quais os atores se preparam. Fotógrafos garantem o registro do espetáculo para sua divulgação. Como você pôde verificar, são vários os profissionais responsáveis pelo ato de transformar a ideia do autor em um espetáculo.

Atividade

Teatro e trabalho

Tomando como base o texto Quem é quem no teatro, responda às seguintes questões:

 1 Qual das profissões relacionadas ao teatro você escolheria? Por quê?

 2 Imagine que você é um produtor teatral que vai produzir um espetáculo na cidade onde vive. Quais são suas principais funções para fazer o espetáculo acontecer?

3 Se você fosse ator ou atriz, qual personagem gostaria de representar? Por quê?

4 Você é o autor, o dramaturgo. Sobre o que gostaria de escrever? Por quê?

5 Ajude uma peça de teatro a ser um sucesso! Em seu caderno, faça um cartaz de divulgação dessa peça, não se esquecendo de indicar o local, a data e o horário da apresentação, para que a comunicação seja a mais completa e precisa possível.

Teatro: o início


Ruínas de um teatro grego

Máscaras do teatro gregoMáscaras do teatro grego

 A história do teatro no Ocidente tem origem na Antiguidade, mais precisamente na Grécia Antiga.

Nessa época, o teatro era apresentado ao ar livre, em grandes arenas, e os atores usavam máscaras com expressões de tristeza, alegria,7 maldade, bem definidas para que a plateia, que assistia de longe, pudesse ter uma boa visão e identificar o personagem.

 Foi em Atenas, na Grécia dos séculos V e VI a.C., que se consagraram os primeiros autores de tragédias gregas: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Os temas de suas peças eram, geralmente, as vitórias gregas nas batalhas contra outros povos, a mitologia, a exaltação aos deuses, as histórias do dia a dia, as questões políticas, entre outros.

No teatro, destacam-se dois grandes gêneros, ou seja, formas de produção teatral consideradas clássicas: a comédia e a tragédia. Essa divisão está presente na obra A poética, do filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), que trata da poesia, da arte e do teatro no Ocidente. Na comédia, a intenção é provocar risos. A essência desse gênero possui caráter cômico, com críticas aos costumes, à vida social, à política, e tem como tema o cotidiano.

Já no gênero tragédia, o sentimento mais presente é a tristeza, os conflitos diversos, as histórias sentimentais e infelizes, as discórdias, as guerras, as desavenças. Caracteriza-se, muitas vezes, pela representação de um tema triste, complexo, desafiador. Atualmente, existem outros gêneros, entre eles o auto, a farsa, o melodrama e a tragicomédia. Aqui, entretanto, o foco são os gêneros clássicos.

 Até hoje as tragédias gregas são encenadas e causam grande impacto na plateia. As comédias, ainda que escritas para provocar o riso, já apresentavam denúncias ou críticas aos costumes da época.

 Desde sua origem até os dias de hoje, muitas mudanças aconteceram na linguagem teatral. Por exemplo, atualmente, as peças são interpretadas em diferentes espaços cênicos, os atores não utilizam máscaras com a mesma frequência que os antigos gregos e os teatros não são mais construídos no formato de arena, apesar de ainda existirem os que se aproximam desse modelo.

 Dois dramaturgos que marcaram diferentes épocas

No teatro, muitos dramaturgos ficaram conhecidos mundialmente. Um dos mais famosos é William Shakespeare (1564-1616). Você conhece a história de amor de Romeu e Julieta? Ela é uma das criações desse grande nome da dramaturgia do mundo ocidental. Hamlet, Sonho de uma noite de verão, Otelo e A megera domada são outras de suas obras, as quais são apresentadas até hoje, com grande sucesso.

 “Ser ou não ser, eis a questão” é uma frase famosa da peça Hamlet, escrita, possivelmente, entre 1600 e 1602. Ela conta o desespero e o desejo de vingança do príncipe Hamlet ao saber que seu pai, o rei, foi assassinado pelo irmão – portanto, tio de Hamlet –, que se casa com a mãe dele para ficar com o trono.

 Um dos grandes dramaturgos brasileiros foi Nelson Rodrigues (1912-1980). Ele começou a carreira de jornalista aos 13 anos, como repórter policial no jornal A manhã, fundado por seu pai em 1925. Boa parte de sua inspiração para escrever peças a respeito da sociedade talvez tenha surgido por causa dessa experiência.
 Nelson Rodrigues era realista em seus textos e criticava a sociedade e suas instituições, principalmente o casamento. A mulher sem pecado foi sua primeira peça teatral, escrita em 1941. Ele teve bastante dificuldade de encená-la, pois nenhum ator, diretor ou produtor a quem recorreu se interessou pelo texto, porque era  pesado e violento, diferentemente das chanchadas de sucesso da época. A peça ficou engavetada por um ano e quatro meses. Quando, por fim, foi encenada, nada aconteceu, nem aplausos nem vaias. Já Vestido de noiva, de 1943, foi marco da modernidade do teatro brasileiro.

CHANCHADA

 Gênero cinematográfico no qual predomina o humor de linguagem simples e temas cotidianos. Teve seu auge no Brasil entre os anos de 1930 e 1950, com destaque para os comediantes Oscarito e Grande Otelo.


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