quinta-feira, 31 de outubro de 2013

SEU PRÓXIMO EMPREGO (OU FUNCIONÁRIO) ESTÁ NO LINKEDIN?

SEU PRÓXIMO EMPREGO (OU FUNCIONÁRIO) ESTÁ NO LINKEDIN?

PARA OSVALDO BARBOSA, DIRETOR GERAL DO LINKEDIN BRASIL, EMPRESAS E USUÁRIOS AINDA NÃO APROVEITAM TODO O POTENCIAL DESTA REDE

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Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor geral do LinkedIn Brasil (Foto: Divulgação)
Ele é o executivo responsável por todas as decisões de negócios de sua área. Tem pós, MBA, e grandes empresas no currículo. Nas companhias por onde passou, conseguiu se destacar. Atualmente, tem uma renda familiar de mais de R$ 25 mil. Em tempos de apagão de talentos, esse perfil (qualificado) soa como música aos ouvidos de um recrutador. E quem não quer fazer networking com alguém assim?
Segundo Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor geral do LinkedIn no país, este é o raio-x da maioria dos usuáriso da rede no Brasil. Ele próprio foi contratado por meio da ferramenta depois de pedir para ser apresentado ao CEO mundial Jeff Weiner.
Uma pesquisa recente feita pela rede social corporativa em oito países onde atua apontou que, no Brasil, de todos os cadastrados: 41% ou são diretores gerais ou proprietários de pequenas empresas, 53% têm renda familiar mensal acima de 40 salários mínimos e, ainda, um em cada quatro é responsável pelas decisões de negócios em sua divisão.
O LinkedIn Brasil possui atualmente 7 milhões de cadastrados. É a quarta audiência do mundo, atrás apenas de EUA, Índia e Inglaterra, e está entre as que mais crescem, de acordo com Oliveira. Da mesma forma que as pessoas têm seus perfis, as empresas também têm suas páginas. São mais de 2 milhões, hoje. “Adquirir ou recrutar os melhores talentos é algo muito estratégico. Para isso, as empresas precisam aparecer como bons empregadores. O LinkedIn ajuda bastante nisso”, explica Oliveira.
Para o executivo, pessoas físicas e jurídicas ainda não aproveitam todo o potencial da rede. De um lado, os usuários não gerenciam suas conexões, nem atualizam perfis ou os mantém incompletos. De outro, as empresas deixam de usar ferramentas proporcionadas pelo LinkedIn e delegam a seus recrutadores e suas relações pessoais os processos de seleção. “Isso é péssimo porque, uma vez que essas pessoas saem da empresa, levam essa rede de contatos com elas.”
Oliveira, que foi executivo da Microsoft por 22 anos, tem agora a missão de divulgar e desenvolver esses produtos do LinkedIn para as companhias brasileiras. Com uma economia aquecida, grandes eventos esportivos no país, mercados em ascensão e falta geral de mão de obra especializada, o cenário é pra lá de positivo.
Na entrevista abaixo, o executivo dá dicas sobre como usou o LinkedIn para conseguir seu emprego atual e conta como as empresas podem tirar melhor proveito da rede.
Você mesmo foi contratado pelo LinkedIn e diz que seria um exemplo de que a ferramenta funciona. Tem alguma dica pessoal de algo que tenha feito nesse processo e que deu certo?Sempre me preocupei em gerenciar bem minha rede. Sempre mantive meu perfil atualizado, com todos os lugares onde trabalhei, resumo de quem era e uma pequena descrição do que alcancei nos principais empregos. Participava de grupos de trabalho e aceitava apenas pessoas que conhecia, com quem já trabalhei e realmente sei quem são. Ter uma rede grande é algo bom, desde que tenha qualidade nessa rede. No meu caso, usei minha rede para chegar ao CEO do LinkedIn. Uma coisa é você estar trabalhando e recrutadores encontrarem você. Outra é saber de oportunidades e usar a rede para entrar em contato com quem não conhece. O LinkedIn pode ser usado das duas maneiras.
E de que outras maneiras é possível usar a rede?Os bons profissionais de vendas usam o LinkedIn diariamente para prospectar novos clientes ou obter informações de negócios da sua área. Proprietários de empresas têm oferecido seus produtos e serviços, sempre com ofertas relevantes e de forma profissional. A verdade é que o LinkedIn deveria ser a homepage de todo profissional para saber quem mudou de emprego, fazer novos contatos e obter informações circulando em seu mercado. Se tiver o hábito de olhar todo o dia é um recurso muito valioso.
Qual o perfil do usuário do LinkedIn no Brasil?Ele é altamente qualificado. Fizemos uma pesquisa recentemente e descobrimos que um em cada quatro usuários é responsável por todas as decisões de negócios das suas áreas. De todos os cadastrados, 41% ou são diretores gerais, ou proprietários de pequenas empresas. A renda familiar mensal de 53% dos usuários é acima de 40 salários mínimos.
E como ele usa o LinkedIn no dia a dia?O que a gente viu é que o brasileiro – mais que o usuário de outros países – percebe o LinkedIn como uma ferramenta de networking: 60% usam o LinkedIn para se informar sobre notícias, 74% usam como o principal site, 61% usa para se comunicar com outros profissionais, 53% acompanham debates profissionais (o uso de grupos) e 72% preferem ter suas redes sociais pessoais separadas das profissionais. Esse último é o maior índice no mundo. O país registrou um dos maiores índices no qual o usuário disse que consegue mapear tendências de negócios. Em resumo, a grande maioria considera o site essencial pra sua vida profissional.

Quais os erros mais recorrentes que os brasileiros cometem ao usar o LinkedIn?O primeiro grande erro é não manter o perfil atualizado. As pessoas que querem fazer networking, negócios ou oferecer um emprego não estão olhando para coisas desatualizadas. O segundo é não manter o perfil completo. Muitos fazem perfil com dados básicos. O LinkedIn permite que você se mostre como quer se espelhar para o mercado. Você pode ser um “country manager” ou pode ser um “profissional de marketing para empresas de tecnologia”. Pode colocar um resumo que mostre seus valores, quem é, o que quer. Essas são informações muito relevantes para quem quer oferecer negócio ou oportunidade de carreira. Vale lembrar que o LinkedIn permite criar perfis em diversos idiomas. Isso aumenta bastante as chances de ser localizado para quem espera uma proposta de multinacional ou de empresas de fora do país.
Como fazer do LinkedIn uma vitrine, sem parecer desesperado por um novo emprego ou entrar numa saia-justa com a empresa na qual trabalha?Todo profissional quer divulgar o trabalho que está fazendo. Faça seu update falando pela empresa. Poste um artigo que saiu citando a companhia, divulgue um novo produto que acabou de ser lançado. Dessa maneira, além de se promover, você estará usando a rede para ajudar a divulgar a companhia onde está. Algumas empresas sabem orquestrar isso bem. Nas melhores práticas de empresas que temos observado, elas tiram um proveito muito grande de seus funcionários no LinkedIn.
Ou seja, ter um grande número de funcionários no LinkedIn pode ser vantajoso paras as empresas também?Sim. Primeiro elas fazem com que as pessoas usem a rede para divulgar suas próprias mensagens. Se vão lançar um produto, por exemplo, pedem para os funcionários postarem. Para empresas que querem atrair talentos, os talentos que já possuem são uma grande referência. Quando você acessa o perfil de um grande talento, é como se estivesse olhando também para a cara da empresa a qual ele pertence. É algo importante para a percepção. A pessoa pensa “essa empresa contrata esse nível de profissional? Quero trabalhar lá”. Por último, há ferramentas que permitem que a empresa coloque automaticamente suas mensagens nas páginas de seus funcionários.
O LinkedIn já se estabeleceu como uma das principais plataformas de contratação. Em tempos de apagão de talentos, como as empresas estão usando a rede para identificar possíveis candidatos?Em todo o mundo já existem 9 mil empresas usando nossa ferramenta de recrutamento Recruiter, que é a única que consegue enxergar toda a rede do LinkedIn. No Brasil, as empresas ainda não conhecem o produto e têm usado apenas os relacionamentos pessoais de seus empregados para recrutar talentos, o que é algo bem limitado comparado a essa ferramenta corporativa.
Como melhorar esse processo?O método antigo de recrutar é o que a gente chama de “post and pray”. Você posta a vaga e reza pra aparecer um candidato à altura. O ideal é adotar ferramentas profissionais de recrutamento, como o Recruiter. O retorno das companhias que usam esse tipo de recurso é muito rápido. E, às vezes, em uma vaga que a empresa consegue preencher, ela economiza com outros custos que teria no processo da contratação. Além disso, a velocidade é muito maior. Fora a qualidade dos candidatos que estão no LinkedIn.
Qual a vantagem do LinkedIn para as empresas, em comparação a outros métodos de recrutamento?Às vezes as empresas querem um perfil muito específico, como o de um engenheiro, com qualificação x, em Manaus; ou então, precisam contratar um time grande de engenheiros de desenvolvimento. Por conta dos filtros que o LinkedIn oferece, você tem grandes chances de achar esse profissional específico ou localizar um número grande de profissionais de uma área sem sair da frente do computador.

LIÇÕES DE LIDERANÇA COM "O PODEROSO CHEFÃO"

LIÇÕES DE LIDERANÇA COM "O PODEROSO CHEFÃO"

O QUE A VIDA DE UM CEO TEM EM COMUM COM A DE UM MAFIOSO? SEGUNDO O EMPREENDEDOR JUSTIN MOORE, AS SEMELHANÇAS NÃO SÃO POUCAS

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Filme O Poderoso Chefão (Foto: Reprodução)

O que a vida de um CEO tem em comum com a de Vito Corleone, o personagem central do romance e filme “O Poderoso Chefão”? Segundo o empreendedor norte-americano Justin Moore, muito. 
Moore é o fundador e atual presidente da Axcient, companhia que fornece serviços de recuperação de arquivos para pequenas e médias empresas. Para ele, "O Poderoso Chefão" é o melhor filme de todos os tempos. Tanto que ele assistiu ao longa diversas vezes na última semana, quando foi transmitido em muitos canais para marcar o 40º aniversário de sua estréia. Uma década se passou desde que o presidente da Axcient conheceu Don Vito Corleone e, de lá para cá, sua visão sobre o mafioso também mudou. "Eu não apoio o crime ou a violência e não estou sugerindo que os negócios devem funcionar como a máfia, mas,como um CEO, me identifiquei com algumas situações do filme", diz ele.
Em entrevista ao site da revista Fast Company, Moore enumerou cinco lições de liderança que podem ser tiradas de "O Poderoso Chefão". Veja:
1. Crie uma network poderosa
“Algum dia, e esse dia pode nunca chegar, eu ligarei para pedir que você faça um serviço para mim”. As palavras de Vito Corleone ilustram a capacidade do fictício chefe da máfia norte-americana de criar uma comunidade leal ao seu redor, capaz de ajudá-lo. Moore destaca que Don Corleone montou uma rede de contatos influentes, ajudando as pessoas que vinham até ele e garantindo que elas lhes prestassem favores em troca. “Ter parceiros influentes permite que as companhias trabalhem em mercados desafiadores e possam alcançar o sucesso global. Como um CEO, é parte do meu trabalho ser uma pessoa com muitos contatos”.
2. Cobre resultados
O filme nos lembra também a importância de ser duro quando necessário. “Nos momentos em que Vito Corleone permitiu que algumas de suas fraquezas fossem notadas por inimigos, eles tentaram assassiná-lo. E isso aconteceu, principalmente, por causa de falhas de sua equipe”, observa Moore. Segundo o CEO da Axcient, para ter sucesso nos negócios você precisa ser agressivo e estar extremamente focado em atingir metas e resultados. Isso não significa que a paciência e a compreensão não devam ter lugar no escritório, mas tolerar baixas performances de pessoas ou produtos apenas tira o fôlego e o sucesso da companhia. “Você é o responsável por todos os seus empregados e investidores e isso significa tomar decisões difíceis rapidamente."
3. Não deixe que as emoções tomem conta de você.
Ao tentar convencer Sonny e Tom Hagen de que era preciso matar o policial Sollozo, Michael Corleone diz: “Não é pessoal, Sonny. São apenas negócios”. Segundo Moore, muitas pessoas não gostam de falar sobre isso, mas, nos negócios, existem vencedores e perdedores. “Se você não agarra aquela oportunidade para vender, fazer uma oferta, ou tirar seus concorrentes do mercado, eles é que irão te tirar. Não estou aconselhando ninguém a fazer nada fora dos limites da moral ou do que é correto. Estou apenas sugerindo que, quando as pessoas tomam decisões baseadas na emoção, elas tomam más decisões. Você precisa tirar o seu ego e o emocional da equação”.
4. Seja decidido
Assim como muitos fãs de O Poderoso Chefão, Moore diz que assiste ao filme com uma combinação de choque e respeito. “Choque porque [Vito Corleone] é tão cruel que é capaz de matar um membro de sua própria família e respeito porque ele sabe exatamente o que quer, executa de maneira decidida e comanda com respeito e com uma liderança inabalável”, opina. Ele aconselha que, quando você souber o que precisa fazer, faça. Saiba que sua equipe está tomando as decisões certas e confie nela para executarem-nas também. “A hesitação muitas vezes leva à perda de oportunidades”.
5. Passe tempo com a sua família
“Um homem que não passa tempo com sua família nunca poderá ser um homem de verdade”. Ao lembrar essa frase de Vito Corleone, Moore não está endossando o machismo do mafioso, mas fazendo uma crítica aos chamados “workaholics”. Ele destaca que, apesar de a dedicação ser muito importante na construção de um negócio, ela não deve acabar com outras partes da sua vida. “Um líder não é capaz de tomar boas decisões a não ser que esteja conectado a outras pessoas e tenha paixões que não sejam o trabalho. Eu acho que o tempo que passo com a minha família e com os meus amigos me dá a perspectiva de que preciso para construir relações e tomar decisões necessárias para o meu negócio”, diz Moore.


AS 13 LIÇÕES DE LIDERANÇA DO FILME LINCOLN

AS 13 LIÇÕES DE LIDERANÇA DO FILME LINCOLN

ESPECIALISTAS CONSULTADOS POR NEGÓCIOS ANALISAM O PERFIL DE UM DOS EX-PRESIDENTES MAIS QUERIDOS DOS ESTADOS UNIDOS

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Lincoln: o discurso como arma e a vitória em um dos episódios mais difíceis da história norteamericana (Foto: Divulgação)
Por um lado, a compra de votos, a quebra de confiança com integrantes da equipe e o não respeito às regras. Por outro, a visão, a liderança inspiracional, a diplomacia, o controle emocional, o foco na solução e a capacidade de mudar de ideia.
 
Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento"
ABRAHAM LINCOLN
Provavelmente um dos maiores trunfos do filme Lincoln, de Steven Spielberg, que mostra o ex-presidente norteamericano que conseguiu a abolição da escravatura e o fim da Guerra de Secessão nos EUA, é mostrar um líder humano, com erros e acertos, dúvidas e certezas.
O longa, com 12 indicações ao Oscar, estreou na última sexta-feira (25/01) no Brasil e já arrecadou R$ 2 milhões por aqui, segundo a Filme B, e US$ 182 milhões em todo o mundo, segundo o site Mojo. Interpretado por Daniel Day-Lewis, o Lincoln de Spielberg e do ator britânico coloca seus ideais e visão acima de tudo (e, muitas vezes, de todos), conquista apoio pelo dom da oratória e atinge, finalmente, resultados e metas. Qualquer semelhança com o mundo corporativo não é mera coincidência.
NEGÓCIOS entrevistou coaches que analisaram o filme e extraíram dele os erros e acertos de Abraham Lincoln, cujas frases (que você lê nesta matéria) são reproduzidas com frequência.
Uma pequena mentira e você pode perder o apoio de seu principal aliado (Foto: Divulgação)
1. Nunca, nunca minta para sua equipe: um dos erros quase mortais de Lincoln no filme é que ele omite do secretário de Estado um acordo que havia feito com o líder dos republicanos para aprovar a abolição da escravatura. “Ele colocou em risco a confiança do principal funcionário. Deveria ter compartilhado e explicado o porquê da decisão. No mundo corporativo é tão difícil estabelecer alianças sólidas, que o melhor é sempre preservá-las”, avalia Van Marchetti, diretora da Attitude Plan. Homero Reis, coach ontológico e sócio-diretor da Homero Reis e Consultores concorda e explica o perigo da quebra da confiança. “O líder se fundamenta no processo da consolidação da confiança. Se ele chamasse o secretário e apresentasse a decisão como uma estratégia, seria melhor.” Como lidar com casos parecidos? “Chama antes e combina o jogo”, diz ele. 
Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder"
ABRAHAM LINCOLN
2. Respeite as regras: no filme, Lincoln resiste a dar dinheiro aos congressistas do partido Democrata, mas aceita dar empregos para que eles votem a favor da emenda abolicionista. Um presidente (ou ex-presidente) pode até sobreviver a um escândalo como esses. Mas uma atitude destas pode significar a morte de uma empresa.
3. Cuidado para não virar um ditador: símbolo da recém-conquistada democracia nos EUA, Lincoln chega a ser apontado como um ditador por insistir na luta pela abolição, enquanto adia o fim da guerra, o que implica um número maior de morte de civis. Reis compara Lincoln com o personagem do Mito da Caverna, de Platão. Na parábola, os homens moram em uma caverna e só conhecem o mundo por sombras. Um dos acorrentados foge, vê as coisas como elas são e volta para contar, mas acaba morto por seus companheiros. “Todo indivíduo que se sobressai na sociedade tem de fazer uma escolha. Geralmente ele escolhe algo que ninguém vê. E daí tem que dizer a que veio. O líder não pode ficar em cima do muro. Tem que escolher um lado e pular.”
Noves fora, a performance de Lincoln justifica sua fama de um dos maiores líderes dos EUA (Foto: Divulgação)
4. Tenha visão e comprometa-se:em uma coisa os especialistas são unânimes. Lincoln é considerado um líder visionário e comprometido. Para Eliana Dutra, diretora executiva da Pro-Fit Coaching, ele tinha a capacidade de criar uma visão inspiradora e de explicar suas decisões com base racional, cobrindo tudo com um molho de humanidade. “Um líder paupável, mais próximo ao interlocutor.” Na opinião de Homero Reis, Lincoln era capaz de estar comprometido com as questões de seu tempo, sabia cultivar sua rede de relacionamento e tinha bom humor. “Dentro das organizações, esses são os líderes mais valiosos.”
5. Delegue: ele deixa espaço para sua equipe ir a campo. Mostra confiança, oferece segurança, monitora e intercede se necessário. O acordo com os democratas é todo feito pelo secretário de Estado e sua equipe.
6. Oriente. Sempre: além de delegar, o ex-presidente se reúne frequentemente com os liderados para averiguar resultados alcançados e mostrar o caminho para atingir a meta.
 
Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente"
ABRAHAM LINCOLN
7. Compartilhe o poder: Lincoln incentivava sua equipe a assumir responsabilidades, gerando maturidade profissional. “Isso dá segurança e capacidade de resolução de problemas, mesmo diante de situações críticas”, diz Van.
8. Recheie seu discurso com empatia: grande parte do poder de oratória de Lincoln está no fato de ele conseguir mapear o interlocutor e, por meio de suas histórias, criar um link emocional (ou racional) com ele. Um bom exemplo é a cena em que Lincoln conversa com um operador de telégrafo. Primeiro ele pergunta sua profissão. Ao saber que o personagem havia se formado em engenharia, cita uma teoria de Euclides para falar sobre igualdade.

9. Foque na solução: todas as probabilidades estavam contra Lincoln. O ex-presidente não tinha o apoio do Congresso para a aprovação da emenda abolicionista, a guerra (seu maior argumento para acabar com a escravidão) estava para acabar e a maioria da população norteamericana não queria o fim da escravatura. Em vez de se sentir paralisado pelas dificuldades, o ex-presidente gastava sua energia encontrando soluções para cada uma dessas questões.
Lincoln, de Steven Spielberg: atuação elogiada de Daniel Day-Lewis (Foto: Divulgação)
10. Cuide do seu equilíbrio emocional: apesar se ser um líder querido, Lincoln foi questionado por muitos de seus liderados. A primeira reação de qualquer ser humano frente a uma crítica é sentir raiva. “Quando você tem uma visão muito firme, o primeiro impulso é querer impor. ‘Como assim vocês não estão enxergando?’ Ele percebe que se não entrasse no mundo das pessoas e entendesse como elas pensavam, não conseguiria adesão. As pessoas pecam na falta desse equilíbrio emocional”, diz Van.

11. Vença sua batalha interna: administrar os republicanos, conquistar o voto dos democratas, convencer seus liderados sobre seus ideais e ainda lidar com os dramas familiares, definitivamente, não é para os fracos. Todo líder passa por esse dilema. Os bons líderes conseguem gerenciar todas essas questões ao mesmo tempo, sem cair na insegurança – o que acaba levando a decisões equivocadas.
Frequentemente é necessário mais coragem para ousar fazer certo do que temer fazer errado"
ABRAHAM LINCOLN
12. Tenha a coragem de mudar de ideia: em uma cena, Lincoln mostra seu único momento de hesitação. Ele está prestes a ceder e terminar a guerra, mesmo sem a aprovação da emenda abolicionista. Chega a ditar a mensagem ao operador de telégrafo, mas muda de ideia. “O ser humano que não tem dúvidas está se enganando. Não justifico o líder que senta em cima das decisões e nunca define nada. Mas aquela coisa rígida de ‘eu tenho sempre razão’ é ruim e não é crível”, diz Eliana. Por mais que o líder acredite em algo, aquele é só um lado da verdade.
13. Não seja ingênuo: mesmo o mais querido líder das corporações nunca será uma unanimidade. Mas, no fim do dia, ele precisa ter mais seguidores que inimigos. Para tanto, use e abuse da diplomacia. “Há sempre o risco da demissão ou de ser colocado de lado. É um jogo, no qual é preciso medir as consequências. Os inimigos que não vão gostar do resultado são maiores ou menores que os beneficiados?”, questiona Van. Reis completa: “todos nós temos pessoas que jogam contra. Todos nós temos pessoas que nos seguem. É preciso conviver com isso com sabedoria.” Já para Eliana, ter mais seguidores que inimigos é fundamental para a sobrevivência do executivo. “O líder que não tem seguidores é só um sujeito dando um passeio.”

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AS 7 LIÇÕES PARA CONQUISTAR O PRIMEIRO CARGO DE LIDERANÇA

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APRENDA BOAS DICAS QUE TE FARÃO CRESCER E APARECER DENTRO DA ORGANIZAÇÃO

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Carreira, Educação, Formação de Executivos (Foto: Shutterstock)
Realizar novas atividades, ganhar uma equipe, gerenciar uma área e ter um aumento de salário são alguns dos desejos de muitos profissionais. Mas, com a dura competitividade, ter todos os requisitos e habilidades para a vaga nem sempre é suficiente para receber uma promoção.

Claudio Garcia, presidente para o Brasil e América Latina da LHH/DBM, uma das maiores empresas de consultoria de recursos humanos do mundo, afirma que a idade média para conquistar o primeiro cargo de liderança é 28 anos, quando já se tem experiência prática, capacidade para interagir com pessoas e capacidade de influenciar grupos.
No Brasil, se você almeja ter um cargo de liderança e já chegou aos 35 anos sem chegar lá, luz amarela - é hora de ficar atento e mudar as atitudes dentro e fora da companhia. Segundo Garcia, é necessário analisar e aprimorar quatro competências: capacidade de entregar, capacidade de relacionamento, capacidade de aparecer e capacidade de fazer escolhas corretas. Como fazer isso? Aqui vão sete dicas.
Invista em Autoconhecimento
Conhecer quais são as suas capacidades, limites, dificuldades e facilidades é fundamental para se desenvolver. Com autoconhecimento, é possível tomar decisões mais assertivas sobre a carreira e definir com mais clareza o rumo da vida profissional. “Isso é uma coisa que infelizmente não aprendemos na escola. E nos define. Autoconhecimento exige que você reflita sobre o que tem hoje, sobre onde você está, sobre o que você quer para o seu futuro e sobre qual é o tamanho da lacuna entre o que você quer e o que você tem hoje”, afirma Garcia.
Aprenda a fazer escolhas
Depois de analisar as próprias características e definir aptidões, é necessário saber escolher. Fazer escolhas significa abandonar oportunidades que não se encaixam ao seu perfil – mesmo que elas sejam excelentes propostas. “A maioria dos jovens de 30 anos quer estar envolvida com todos os projetos e atividades, mas não tem capacidade humana para viver tudo isso. Se você tem tudo, não tem nada. É preciso entender onde se encaixar para ganhar mais projeção”. Garcia acredita que, para ser bom em alguma área, é preciso que os “olhos brilhem” para ela.
Viva as dificuldades e cresça com elas
Não desista com as dificuldades que a sua escolha gera. “Quando você escolhe uma área ou profissão que faz os seus olhos brilharem, não significa que vai ser fácil. A dica é não desistir no meio do caminho. Crescer significa que as dificuldades vão ser cada vez maiores. Com os problemas, você se torna uma pessoa mais madura e capaz de enxergar as dificuldades e amenizar o calor das situações mais tensas”.
Compreenda o impacto que você causa nas pessoas
A quarta dica é contra fofoqueiros e ações feitas sem pensar. As atitudes e conversas, mesmo aquelas despretensiosas realizadas depois do horário de trabalho, podem impactar em sua imagem dentro da empresa. “Ter noção do impacto que você causa nas pessoas quando age, te faz ter credibilidade para que na hora que você precise das pessoas, elas confiem no seu trabalho e em suas ações. Nunca a gente é o que é sozinho. A gente é o que é pelo que as pessoas percebem da gente”.
Se conecte com o mundo e se inspire
Outra dica para crescer dentro da empresa e se tornar um bom líder é se conectar com as novidades do mundo e com as novas tendências da sua área. “O brasileiro é muito fechado - tem a tendência de se prender à organização e acaba deixando de olhar o que acontece do lado de fora. A empresa suga o profissional. As pessoas que se desenvolvem muito rápido, conseguem se conectar e se inspirar com o mundo lá fora. É desse jeito que elas conseguem criam algo novo”.
Busque apoio para as suas questões profissionais
Para quem você conta os dilemas do dia a dia? Em quem você pode confiar para ter conversas pessoais profissionais? Onde você busca apoio? O presidente da DBM afirma que é preciso ter uma espécie de consultor profissional que pode variar de amigo, professor, psicólogo e até ex-chefe. Para crescer, arrume um espaço ou uma rede de apoio para receber conselhos e desabafar sobre as dificuldades.
Encontre espaços de sanidade mental
Além de algum profissional ou amigo para falar de trabalho, encontre um espaço para extravasar. “São espaços para falar de tudo, menos do trabalho. É um espaço para desafogar a mente e se desconectar da realidade que está vivendo. Pode ser um grupo de corrida, uma balada, um cinema ou algum hobby. São espaços para se desconectar e se dedicar a atividades que renovem a sua saúde psicológica”.
Será que todo mundo nasceu para ser líder?
Dentro das organizações a posição de liderança tem seu charme. As organizações são estruturadas para que os líderes sejam mais bonificados e mais reconhecidos, mas existe felicidade e sucesso fora deste padrão. Garcia afirma que mais importante do que ter um cargo de liderança é influenciar pessoas. “Temos muitos bons profissionais que não foram líderes e nem por isso deixaram de ter sucesso em suas profissões. O caminho que você escolhe para a sua vida tem que te deixar em uma posição de influência. Você é tão bom no que você faz que consegue influenciar os outros”, afirma.