Comprar franquia 'usada' reduz risco, mas pede análise detalhada
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DE SÃO PAULO
"Se você compra uma franquia que já está em andamento, conhece o histórico de venda e os custos. Isso reduz os riscos", afirma Batista Gigliotti, master franqueado da companhia de intermediação de venda de empresas Sunbelt Business Brokers.
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No entanto, é preciso ter cuidado. "E se os funcionários não tiverem sido bem preparados? E se a imagem da loja não está bem?", alerta o consultor Marcus Rizzo, da Rizzo Franchise.
Antonio Braz, que adquiriu uma franquia que já existia há dois anos e meio da rede de temakis Makis Place, diz que optou pelo repasse por acreditar que poderia trabalhar melhor o negócio.
Antonio Braz, que adquiriu uma franquia que já existia há dois anos e meio da rede de temakis Makis Place, diz que optou pelo repasse por acreditar que poderia trabalhar melhor o negócio.
A "idade" da unidade da franquia pesou na decisão. "A loja não deve ser muito antiga. É importante que o novo franqueado ainda consiga mexer na imagem e reputação da loja, e isso é difícil se ela já está muito consolidada", afirma Braz. Como o marketing das franquias costuma ser padronizado, é difícil mudar esse quadro.
Segundo ele, durante a negociação deve-se pedir a comprovação do faturamento. "É possível fazer uma auditoria de boca de caixa."
| Eduardo Anizelli/Folhapress |
| Antonio Braz comprou temakeria que já existia há mais de dois anos em Campinas (SP) |
Isso também é importante para a definição do preço da franquia. Segundo Rizzo, o mercado costuma cobrar, em média, de 6 a 8 meses de faturamento do negócio.
Para Gigliotti, alguns cuidados da parte do vendedor e do cobrador podem evitar problemas. O vendedor deve ter a documentação em ordem. Já o comprador deve se atentar à reputação da unidade, ao comportamento dos funcionários e à relação com a franqueadora.
"É bom saber o motivo da venda da unidade. O que vemos são muitos franqueados que estão se aposentando e querem repassar o negócio."
Gigliotti explica que a operação de repasse pode ser feita com intermediação de empresas especializadas ou pela própria franqueadora –algumas pedem exclusividade para realizar o repasse.
Para Rizzo, essa é a opção mais segura. "O novo franqueado deverá ser aceito pela rede, passar pelo treinamento e, em alguns casos, ter que pagar uma nova taxa de franquia", explica.
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