Manifestações: participar ou não?
Nelson Fukuyama*
Nos últimos dias temos assistido e/ou lido nos noticiários uma série de manifestações populares que estão acontecendo em todo o país, e que envolvem milhares de pessoas, jovens e adultos, de diferentes classes sociais, estudantes, trabalhadores e simpatizantes, visando determinados interesses.
Manifestações são comuns. De tempos em tempos, trabalhadores fazem suas greves por melhores condições salariais e de trabalho. Outros brigam por espaço para moradia. Outros batalham pelo seu direito de cidadania.
Mas, o fato é que algumas manifestações, e aqui se incluem as que temos observado nos últimos dias, parecem mostrar um diferencial. De repente, elas se tornam mais expressivas. Nessa que está acontecendo atualmente há um clamor popular, a redução do aumento da passagem de transporte em algumas cidades principais do país. Além disso, parece que a população está clamando também por mudanças relacionadas à insatisfação com os políticos, quantidade de casos de corrupção, violência, apelo pela igualdade e outros. E não é que até o gasto com a construção de estádios de futebol virou assunto para protestar.
Mas, o que eu pretendo tratar nesse artigo é justamente se você deve se envolver ou não em manifestações, sejam greves de categoria profissional ou manifestação geral, alertando você principalmente quanto aos riscos que devem ser evitados para não prejudicar a sua imagem profissional. Lembrando: você é livre para manifestar sua opinião como cidadão e profissional.
Falando em greve, o primeiro ponto a ser observado é que greve deve ter um fundamento. Você tem todo o direito de se expressar contra um abuso, um desrespeito à sua categoria, contra a falta de cumprimento de uma promessa. Se o pleito da greve for atendido, a sua categoria se fortalecerá e suas finanças pessoais ficarão gratas.
O cuidado que você deve tomar é que uma greve por melhores salários ou condições de trabalho nem sempre agrada os seus empregadores e mesmo seus demais colegas de trabalho. Participar a favor de uma greve pode ser necessária e interessante, mas você deve ficar atento e às orientações que lhe são repassadas pela sua empresa e segui-las da melhor maneira possível. Na época em que trabalhei para um banco, por exemplo, havia as greves sindicais, nós tínhamos a orientação para comparecer ao trabalho evitando qualquer confronto com os demais grevistas do piquete para “furar” a greve. Assim, uma empresa deve estar sempre atenta para orientar seus colaboradores sobre quem deve de fato comparecer ao trabalho nos dias de greve.
Então, se você decidir participar de uma manifestação pública avalie os motivos e os riscos.
*Nelson Fukuyama é Editor-Chefe do portal Dicas Profissionais, Diretor da Yama Educacional e também Colunista do portal Carreira&Sucesso da Catho Online. Suas experiências incluem passagens consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais. A reprodução total ou parcial é autorizada desde que citada a autoria e a fonte Dicas Profissionaiswww.dicasprofissionais.com.br
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