Condomínios: Alvos de Arrastões
Por Siderley A. de Lima*
Os condomínios verticais até um tempo atrás sempre foram considerados como seguros, mas nos últimos anos têm sido alvo dos criminosos, são os famosos ' arrastões". Os principais prédios escolhidos são os condomínios de luxo. Os arrastões têm apavorado os paulistas, a cada mês dois à quatros prédios são assaltados em São Paulo.
Os condomínios verticais até um tempo atrás sempre foram considerados como seguros, mas nos últimos anos têm sido alvo dos criminosos, são os famosos ' arrastões". Os principais prédios escolhidos são os condomínios de luxo. Os arrastões têm apavorado os paulistas, a cada mês dois à quatros prédios são assaltados em São Paulo.
A sensação de que os condomínios eram seguros acabou, a vulnerabilidade nos procedimentos de segurança dos edifícios facilitam a entrada dos criminosos. O que mais assusta é que, em 90% dos casos, não são necessários planos extraordinários para entrar pela portaria e render o porteiro e depois os moradores.
Os métodos usados na maioria das vezes é o disfarce dos criminosos; entregadores de pizzas, de flores, carteiros, supostos compradores ou corretor de imóveis, carros iguais aos dos moradores (clonados), carros iguais o da empresa de segurança do condomínio, etc. Em alguns edifícios só o fato de você posicionar o carro na entrada, o porteiro com receio de levar uma bronca do morador, aciona a abertura dos portões, sem mesmo saber quem está entrando.
Os ladrões que antes roubavam bancos, cargas e até mesmo realizavam sequestros, migraram para essa nova modalidade de crime. Antes de atacarem, as quadrilhas coletam o máximo de informações sobre a rotina dos moradores e dos funcionários.
Investir na segurança eletrônica para proteger seus moradores é o 1º passo, mas não adianta tanta tecnologia sem treinar e preparar o porteiro e demais funcionários, não podemos esquecer a conscientização de todos os moradores para respeitarem os procedimentos a ser implantados na portaria. Veja o que mais pode ser feito para melhoria na segurança de seu condomínio:
Moradores:
- As encomendas devem ser retiradas na portaria;
- Não deixar chaves na portaria, empregados só devem ter cópia da chave que dá acesso à porta de entrada;
- Não deixar as chaves ou o carro aberto na garagem;
- Quando for contratar empregados para trabalhar no prédio ou no seu próprio apartamento, exigir referências, cópias de documentos e antecedentes criminais;
- Avise a portaria quando for receber visita, encomendas ou algum tipo de prestação de serviços;
Portaria:
- Permanecer sempre no interior da guarita;
- Os portões do prédio só devem ser abertos depois que os moradores forem identificados e o porteiro se certificar de que não há suspeitos por perto;
- Combinar uma senha, como piscar os faróis ou fazer contato telefônico com a portaria;
- Visitantes ou prestador de serviço só podem ter acesso após autorização do morador;
- Os porteiros podem combinar códigos ou senhas, para que o morador saiba que o porteiro ou o zelador foram rendidos e estão sendo forçados a usar o interfone ou bater a porta do seu apartamento;
Tecnologia/Equipamentos:
- Antes de gastar dinheiro com equipamentos de última geração, deve ser feito uma análise das características e dos pontos vulneráveis que oferecem facilidade para uma ação criminosa;
- Antes de contratar uma empresa particular de segurança, é importante checar a idoneidade na Policia federal;
- Para ficar bem protegido, um condomínio deve ter no mínimo muros altos, sensores e alarmes nos portões e muros, botão de pânico em guaritas blindadas, deve também possuir circuito fechado de TV (CFTV) com gravações de imagens.
Lembre-se: Não adianta ter os melhores equipamentos de segurança e não ter um bom treinamento profissional do porteiro e do zelador. O fator humano é o principal e fundamental para a segurança do lugar.
*Siderley Andrade de Lima, é subcomandante da Guarda municipal de Jandira, consultor de segurança pessoal, membro da ABSEG (associação brasileira dos profissionais de segurança), ex- militar graduado do Exército, colaborador do CONSEG Alphaville/Tamboré e articulista do DicaSeg.
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